Trata-se de um estudo transversal, do tipo descritivo exploratório, com coleta de dados retrospectiva, cuja populaçäo foi constituída por gestantes que fizeram tratamento de inibiçäo de trabalho de parto prematuro no Hospital Universitário da Universidade de Säo Paulo. Teve como objetivos, identificar a prevalência dos partos prematuros e de termos nas gestantes submetidas ao tratamento de inibiçäo, verificar a freqüência de internaçöes hospitalares das gestantes com dignóstico de trabalho de parto prematuro (TPP) e identificar os fatores de risco de prematuridade nas gestantes tratadas para inibir o TPP. Os dados foram coletados de 163 prontuários, no período de 1995 a 2000. A análise da associaçäo entre os fatores de risco e o trabalho de parto prematuro foi feita pelo teste de associaçäo do Qui-quadrado com correçäo de Yates e a análise conjunta feita pelo método de regressäo logística múltipla. Apresentaram os seguintes resultados, a idade média das gestantes foi de 23,7 anos; 74,2 porcento foram internadas apenas uma vez; 66,3 porcento tiveram filhos prematuros. O tratamento prorrogou o parto de 1 a 87 dias (média 17,4 dias). Apenas 22,7 porcento dos nascimentos ocorreram antes de 34 semanas. Houve associaçäo estatística significativa entre parto prematuro e a existência de companheiro (p = 0,042), ser nulípara (p = 0,006) e o número de consultas de pré-natal (p = 0,028). Na análise múltipla, a variável companheiro deixou de ser fator de risco pois estava associado à nuliparidade. Näo apresentaram significância estatística, a idade, a escolaridade, a atividade ocupacional, o antecedente de prematuridade, o antecedente de abortamento, o intervalo interpartal, a presença de patologia e a ocorrência de infecçäo urinária