A detecçäo da proteína p53 pela imuno-histoquímica (IHQ), utilizando-se um anticorpo específico, tem sido considerada consistente com a mutaçäo do gene. O método mais comumente usado para o estudo de mutaçöes é a PCR-SSCP. De forma a estabelecer a relaçäo entre a presença da proteína e de mutaçöes no gene em carcinomas epidermóides de boca, utilizamos 10 casos dessa neoplasia emblocadas em parafina, que foram estudados utilizando-se a IHQ para o anticorpo DO-7 e a PCR-SSCP. Dos casos estudados 80 por cento foram positivos para o anticorpo DO-7, sendo 62,5 por cento destes pouo diferenciados, e 40 por cento mostraram a presença de mutaçäo. Um caso com mutaçäo näo foi positivo para a IHQ. Mudanças no padräo de migraçäo das bandas, interpretadas como mutaçäo, foram obesrvadas no exon 7 em dois casos bem diferenciados, e, além desse, em exons adicionais de duas neoplasias pouco diferenciadas. De acordo com nossos resultados a marcaçäo para p53 na IHQ nem sempre indica a presença de mutaçäo no gene, e vice versa. A concordância entre a imuno-marcaçäo nuclear da p53 e a mutaçäo no gene (seja positiva ou negativa) foi de 44,5 por cento. Estes resultados evidenciam que o estudo de alteraçöes na proteína ou no gene p53 deve obedecer a um critério cuidadoso