A reparaçao das lesoes traumáticas ou iatrôgenicas das vias biliares extra-hepáticas, em especial do colédoco, tem desafiado os cirurgioes há muito tempo. Várias técnicas operatórias têm sido propostas para contornar a principal complicaçao pré operatória que é a estenose. Uma dessas propostas (Mammana -1946) é a realizaçao eversao da mucosa do colédoco e sua implantaçao em segmento de intestino confeccionando-se uma "neopapila" que estando recoberta por mucosa afastaria possibilidade de estenose. Com esse propósito foi estudado experimentalmente 3 porcos, machos, distribuídos em 3 grupos: GI (n = 10): grupo controle colédocoduodeno anastomose convencional; GII (n = 10): grupo experimento colédocoduodeno anastomose com eversao da parede do colédoco (neopapila); GIII (n = 10): grupo simulado - isolamento e mobilizaçao das vias biliares. Os animais foram avaliados quanto ao fluxo biliar e manometria pré e pós-operatório; endoscopia aos 15 dias de PO; microscopia aos 30 dias de PO. A fluxometria e manometria mostraram resultados estatisticamente diferentes nos grupos GI e GII, quando se comparou estes parâmetros na operaçao e na reoperaçao. Entretanto estas mesmas comparaçoes nao obtiveram diferenças estatísticas no grupo GIII. Todos os animais apresentaram dilataçao do colédoco. Os animais dos GI e GII mostraram metaplasia intestinal e diminuiçao de fibras elásticas na parede do colédoco.

Conclusao:

a técnica de realizaçao de neopapila mostrou resultado semelhantes a técnica convencional