Detecçäo de doença residual mínima(DRM) em pacientes com leucemia mielóide aguada(LMA), através da técnica de citometria de fluxo multiparamétrica(CFM)

Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Hematologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:

As leucemias mielóides agudas, na sua maioria, recaem no primeiro ano do diagnóstico decorrente da presença da doença residual mínima. A citometria de fluxo multiparamétrica tem sido usada na busca de doença residual, através dos fenótipos aberrantes.

Objetivo:

Avaliar a presença da doença residual mínima por citometria de fluxo multiparamétrica em pacientes com diagnóstico de leucemia mielóide aguda; determinar o momento de avaliaçao que melhor prediz recaída, e seu correspondente valor de cut-off avaliar troca de fenótipo nas recaídas.

Material e métodos:

Trinta e seis pacientes com diagnóstico de leucemia mielóide aguda foram avaliados quanto a presença de fenótipos aberrantes por citometria de fluxo, usando os seguintes anticorpos monoclonais (CD10; CD11c; CD13; CD14; CD19; CD33; CD34; CD45; HLADR; CD2; CD4; CD15; CD65; CD117; CD7; CD38; CD41; CD56; IgG1 e IgG2). Doze pacientes com, pelo menos, um fenótipo aberrante puderam ser acompanhados após quimioterapia de induçao, consolidaçao, intensificaçao e a cada 03 meses. A avaliaçao da doença residual mínima baseou-se na busca dos fenótipos aberrantes identificados ao diagnóstico, através da aquisiçao de 50.000 eventos. A análise, na regiao de células blásticas (SSCxCD45), foi feita usando o programa Paint-a-gate. No caso de recaída, todos os marcadores eram, novamente, reavaliados.

Resultados:

Os fenótipos aberrantes foram encontrados em 88,6 por cento dos casos. A análise de doença residual mínima mostrou resultados crescentes durante o seguimento dos 04 pacientes que recaíram, apesar da documentada remissao morfológica (p=0,043). Entre estes pacientes, os níveis de doença residual mínima após quimioterapia de induçao e de intensificaçao foram significantemente maiores que os valores correspondentes no grupo em remissao (p=0,021 e p=0,010, respectivamente). O nível de doença residual que pode predizer recaída foi de 2,6x10-3 células leucêmicas após quimioterapia de induçao. Na recaída, todos os pacientes apresentaram alguma alteraçao antigênica. Três deles mantiveram seus fenótipos aberrantes originais e um mostrou uma troca de populaçao (LMA-M5b que recaiu como bifenotípica) mantendo apenas um de seus fenótipos, o qual permitiu o seguimento da doença residual.

Conclusoes:

A detecçao imunológica da doença residual mínima é uma técnica útil para prever recaída. A avaliaçao após quimioterapia de induçao mostrou boa correlaçao com a evoluçao. Apesar da ocorrência da troca de fenótipo...(au)

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