O objetivo desta tese é avaliar o efeito do consumo de maçã sobre os níveis séricos de colesterol e do consumo de frutas no peso corporal. Mulheres hipercolesterolêmicas e com sobrepeso, IMC>25kg/m2, não fumantes, na faixa etária de 30 a 50 anos (411) foram recrutadas da Policlínica Piquet Carneiro - UERJ. Cinqüenta e uma mulheres com colesterol sérico maior ou igual a 240mg/dL foram convidadas a participar do estudo randomizado, unicego, com três braços.

Quarenta e nove mulheres foram alocadas randomicamente para um dos três suplementos:

maçã, pêra ou biscoitos de aveia. Na primeira fase run-in de duas semanas, os três grupos foram orientados para fixar em seis o número de refeições. Os grupos permaneceram neste esquema alimentar por dez semanas. Após o período de tratamento os suplementos foram retirados. As variáveis de desfecho foram colesterol total, HDL-C, LDL-C, triglicerídeos, glicose, insulina e peso. O consumo de aveia foi efetivo na redução de LDL-C , porém a maçã aumentou os triglicerídeos. A aveia reduziu o colesterol sérico. Os dois grupos de frutas combinados reduziram o peso em 1,21 Kg, enquanto o grupo da aveia não mostrou redução significativa de peso. A diferença entre as frutas combinadas e os biscoitos foi estatisticamente significativa com um p-valor de 0,004. Houve também redução significativa de glicemia entre as mulheres que consumiram frutas. As alterações plasmáticas de triglicerídeos, colesterol total sérico e as informações de consumo indicam que a aderência à dieta foi alta. O número de refeições aumentou de 3.8+-1.1 na linha de base para cinco. O colesterol sérico reduziu-se em função deste aumento. Assim, na 14ª semana de intervenção, houve redução do colesterol sérico nas participantes que reportaram aumento médio três ou mais refeições por dia, 12mg/dL, p