Previsao pre-operatoria de doença näo confinada em câncer da próstata: valor do PSA da percentagem de fragmentos positivos e da escala de Gleason na biópsia
Publication year: 2002
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Urologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Os objetivos do presente estudo foram os de avaliar o comportamento da percentagem de fragmentos da biópsia prostática, guiada por ultra-sonografia transretal, na previsao de doença extraprostática em pacientes cone adenocarcinoma localizado de próstata e , também, comparar a eficiência deste parâmetro com aqueles obtidos pela avaliaçao do PSA sérico e escala de Gleason pré-operatórios. Foi realizado estudo retrospectivo nao controlado de 522 paciente portadores de adenocarcinoma localizado de próstata e submetidos a tratamento cirúrgico através da prostatectomia radical retropúbica. A idade dos pacientes variou entre 42 a 76 anos, média de 62,44 anos. Todos os pacientes foram submetidos à ultra-sonografia transretal com biópsia prostática (direta da lesao e/ou área suspeita e sextante) antes da prostatectomia radical retropúbica. Os 522 pacientes foram divididos em grupos quanto à percentagem de fragmentos positivos encontrados na biópsia, que foram correlacionados com os achados anátomo-patológicos de doença intraprostática (confinada à glândula) e extraprostática (invasao tumoral da gordura periprostática e/ou invasao de colo vesical e/ou invasao das vesículas seminais e/ou linfonodos pélvicos positivos), do espécime cirúrgico. Na análise da percentagem de frathnentos positivos os grupos G 1(0-25ó)_ G2(26-50 por cento) e G3(51-75 por cento) apresentaram incidência de doença intraprostática duas a três vezes maior do que extraprostática. No entanto, quando mais de 75 por cento dos fragmentos de biópsia foram positivos (G4 76-100 por cento), a relaçao se inverteu, ocorrendo uma predominância de doença extraprostática sobre a doença intraprostática. Neste grupo 56,98 por cento dos pacientes evidenciaram doença extraprostática. Houve diferença, estatisticamente, significativa da doença extraprostática entre os grupos G3 e G4 (p 0,0068). Quando comparamos os três parâmetros para avaliar a ordem de eficiência em prever doença extraprostática, verificamos que o PSA pré-operatório foi o mais discriminante (p= 0,000000) seguido pela escala de Gleason da biópsia prostática (p = 0,000003) e pela percentagem de biópsias positivas (p = 0,000574)