Uma transiçäo epidemiológica na oclusäo dental em Vitória-ES
Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
O ojetivo deste estudo foi estimar a prevalência das oclusopatias e investigar prováveis associaçöes dos problemas oclusais com alteraçöes anatomofuncionais em crianças com idade de três, sete e doze anos, no município de Vitória-ES. O material constitui-se de dados sobre as oclusopatias e a sua etiologia de 291 crianças com três anos, 300 com sete anos e 290 com doze anos, de ambos os sexos, que frequentam os Centros de Educaçäo Infantil e Escolas de 1§ grau municipais. As crianças foram selecionadas por meio de amostragem probabilística por conglomerado, admitindo-se uma margem de erro de 6 por cento para as estimativas de prevalência. Informaçöes clínicas foram obtidas por meio de exame clínico, utilizando afastadores de lábios descartáveis, e as alteraçöes anatomofuncionais foram resgistradas por meio de testes funcionais quanto à deglutiçäo, fonaçäo e respiraçäo bucal. Por meio de uma entrevista familiar, procurou-se evidenciar os hábitos e costumes individuais relacionados com o desenvolvimento de possíveis problemas oclusais. Na classificaçäo das oclusopatias adotou-se o critério estabelecido pela OMS, em 1987 e foram observadas as mais variadas formas de alteraçöes oclusais especificamente. Aos três anos, 59,1 por cento das crianças apresentaram algum tipo de oclusopatia, aos sete anos, 76,7 por cento, e aos doze anos 83,8 por cento. Pode-se observar que há uma diferença significativa entre as proporçöes entre as oclusopatias nas diferentes idades (x²=47,9; gl=2; p<0,001 e x²=66,69/ gl=2; p<0,001). Com relaçäo aos planos terminais distais, verificou-se, para a idade de três anos, que 29,2 por cento das crianças apresentaram degrau mesial para os segundos molares decíduos, 6,8 por cento degrau distal, 55,0 por cento plano terminal vertical e 7,9 por cento misto. Para sete e doze anos, obteve-se, utilizando-se a relaçäo molar ântero-posterior de Angle, 63,0 por cento e 49,7 por cento para a classe I, 30,6 por cento e 42,1 por cento para a classe II e 3,3 por cento e 6,9 por cento para a classe III de Angle, respectivamente. A mordida aberta, sobressaliência aumentada e mordida cruzada, para a idade de três, sete e doze anos, mostraram haver evidência estatítica de associaçäo para o vedamento labial, respiraçäo bucal, deglutiçäo atípica e fonaçäo atípica (p<0,001). Da mesma forma, foi obtida associaçäo estatisticamente significante entre as variáveis tempo de aleitamento...