Foram avaliados epidemiológica, histológica e imuno-histoquimicamente, 129 casos de lesöes pigmentadas relacionadas aos melanócitos da boca. Observamos que o sexo feminino e a raça branca foram mais afetados, com idade variando entre a 2 e a 4 década de vida. Quanto ao sítio, o lábio, gengiva e mucosa jugal foram as regiöes mais afetadas. Dos 129 casos, 45(34,9 por cento) foram classificadas como pigmentaçöes melânicas, 30(23,3 por cento) como lentigos simples de mucosa, 04(3,1 por cento) como nevos juncionais, 07(5,4 por cento) como nevos compostos, 23(17,8 por cento) como nevos intramucosos, 11(8,5 por cento) como nevos azuis, 08(6,2 por cento) como melanomas e 01(0.8 por cento) como hiperplasia melanocítica atípica. O estudo imuno-histoquímico - com a proteína S.100, HMB-45, Melan-A e Tirosinase, foi realizado pela técnica da estreptovidina biotina com fosfatase alcalina e corante new fuccin para que pudéssemos diferenciar a expressäo de marcaçäo do anticorpo da melanina endógena das lesöes. Todas as lesöes avaliadas exibiram marcaçäo positiva com variável intensidade para os anticorpos avaliados. Frente a este estudo foi proposta uma classificaçäo histológica para as lesöes pigmentadas relacionadas aos melanócitos da mucosa bucal