Densidade mineral óssea em usuárias de métodos anticoncepcionais hormonais
Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:
A massa óssea sofre modificações contínuas desde o nascimento até o envelhecimento e é influenciada por um grande número de fatores. Já se sabe que a terapia de reposição hormonal na menopausa impede a progressão da perda de massa óssea. Entretanto, o papel dos hormônios esteroidais, presentes nos anticoncepcionais hormonais, sobre a massa óssea ainda é controverso. O objetivo deste estudo foi determinar se o uso prolongado de anticoncepcionais combinados orais e de acetato de medroxiprogesterona tem alguma influência sobre a densidade mineral óssea (DMO) em mulheres que estão consolidando seu pico de massa óssea, quando comparadas com não usuárias de métodos anticoncepcionais hormonais. O estudo, tipo corte transversal, avaliou 202 mulheres com idade entre 30 e 34 anos, atendidas no Ambulatório de Planejamento Familiar do CAISM/UNICAMP. Destas mulheres, 70 eram usuárias de anticoncepcionais combinados orais (ACO), 63 eram usuárias de acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMPD), no mínimo, e 69 não haviam usado nenhum tipo de anticoncepcional hormonal. A análise estatística, através do teste t de Student, mostrou que não há diferenças estatisticamente significativas de DMO quando se compara usuárias de ACO e de AMPD com não usuárias de métodos anticoncepcionais hormonais, independentemente do tempo de uso do método. Quando se comparou a DMO entre usuárias de AMPD e de ACO também não se observou diferenças estatisticamente significativas. A análise de regressão linear múltipla mostrou que os fatores que se associaram positivamente com a DMO foram o peso, número de gestações superiores a 1 e número de partos superiores a 2, assim como a ocupação das mulheres. Estes resultados sugerem que o uso de anticoncepcionais combinados orais e acetato de medroxiprogesterona de depósito, por períodos prolongados, não interfere na DMO de mulheres que estão consolidando seu pico de massa óssea, ou seja, com idade compreendida entre 30 e 34 anos.