Avaliação da implantação do programa de assistência integral à saude da mulher no estado de São Paulo no período de 1987-1990

Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Embora o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher tenha sido proposto em 1983, existem até hoje grandes dificuldades para sua implantação abrangente3. O objetivos do presente trabalho foi avaliar alguns aspectos da implantação desse Programa no Estado de São Paulo, no quadriênio 1987-1990, período em que as políticas públicas estaduais priorizaram a saúde da mulher. Foram entrevistadas, por amostragem domiciliar, 2.343 mulheres (1.008 em 1988 e 1.335 em 1991) residentes na região da Penha (município de São Paulo) e na região de Campinas (municípios de Campinas, Indaiatuba, Paulínia e Sumaré). As variáveis estudadas relacionaram-se à assistência ao pré-natal (cobertura, mês de início, número de consultas, exames clínicos e laboratoriais realizados), ao parto (tipo de parto, orientações recebidas na maternidade), ao puerpério (cobertura da consulta de revisão pós-parto, exames realizados, orientações recebidas); ao conhecimento e prática dos exames de prevenção contra o câncer de colo uterino e mama; ao cohecimento, prática e qualidade do planejamento familiar e à evolução da qualidade do atendimento recebido nos postos de saúde. Os dados obtidos em 1991 foram comparados aos de 1988, no sentido de identificarem-se as diferenças entre os dois instantes. A assistência pré-natal teve cobertura e qualidade satisfatórias, nos aspectos estudados, com pequenas variações entre os anos analisados. A incidência de cesáreas foi elevada e a atenção puerperal melhorou, particularmente, na região de Campinas. O conhecimento e, principalmente, a prática dos exames preventivos de câncer de colo uterino e de mama tiveram incrementos importantes. A qualidade do planejamento familiar foi insatisfatória nos dois locais estudados, com poucas diferenças no decorrer dos quatro anos. Na percepção das mulheres houve melhor qualidade do atendimento recebido nos postos de saúde. Os resultados obtidos permitem concluir que, quando a saúde da mulher é prioridade dentro das políticas públicas, é possível progressos na implantação do PAISM.

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