Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas to obtain the academic title of Doutor. Leader:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição de um novo marcador tumoral, a desgamacarboxiprotombina (DCP), no diagnóstico do carcinoma hepatocelular (CHC) e compará-lo com a alfafetoproteína (A.F.P.). Foram estudados 124 pacientes, sendo 92 brasileiros e 32 japoneses.
Os pacientes brasileiros foram divididos em cinco grupos:
19 pacientes com carcinoma hepatocelular (grupo I), 19 com cirrose hepática (grupo II), 17 com hemangioma hepático (grupo III), 17 com metástase hepática (grupo IV) e 20 com dispepsia, sem doença hepática (grupo V). Os pacientes japoneses constituíram um outro grupo com CHC. Os exames incluídos no protocolo foram:
fosfatase alcalina, gamaglutamiltransferase, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, tempo de protombina (TP), expresse em RNI (International Normalized Ratio), A.F.P., DCP, ultrasonografia, tomografia computadorizada, sorologia para vírus B e C e biópsia hepática. Para o diagnóstico histológico do CHC, foi utilizado o grau de diferenciação histológico segundo Edmondson-Steiner. A dosagem do nível plasmático da DCP foi realizada em todos os pacientes, utilizando-se o método de enzima imuno-ensaio (EIA) (E-1023: Eitest MONO - P - II, Eisai C., Ltd., Tokyo). A positividade da DCP nos pacientes com CHC foi de 57,9 por cento. Nos outros grupos, de 13,7 por cento. A sensibilidade e especificidade foram de 57,9 por cento e 86,3 por cento, respectivamente. O valor predição positivo, de 52,4 por cento e negativo, de 88,7 por cento. A concentração plasmática da DCP apresentou-se elevada nos pacientes com tumores acima de 5,0 cm e naqueles com lesões multinodulares. Houve associação entre o nível plasmático de DCP e o nível sérico de A.F.P. nos pacientes com CHC (n=49; r=0,58998; p=0,0001). Concluiu-se que, a DCP é um marcador tumoral complementar para o diagnóstico do carcinoma hepatocelular e que sua combinação com a A.F.P. é importante, pois aumenta a taxa de positividade do diagnóstico do CHC.