Estudo morfológico e morfométrico do pâncreas e da glicemia em mulheres chagásicas crônicas

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Departamento de Clínica Médica to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Na fase aguda da doença de Chagas ocorre parasitemia e acometimento de praticamente todos os órgäos, inclusive do pâncreas. A lesäo pancreática inicial costuma ser assintomática; na fase crônica podem ser demonstradas alteraçöes morfológicas e funcionais, quer exócrinas quer endócrinas, em parte atribuídas à desnervaçäo parassimpática intrapancreática. A hipótese deste estudo foi que distúrbios pancreáticos presentes na fase crônica da doença de Chagas poderiam manifestar-se clinicamente sob forma de hiperglicemia, associada ou näo com diabetes mellitus. O objetivo do presente estudo foi avaliar as freqüências de hiperglicemia e de diabetes mellitus e também alteraçöes morfológicas e morfométricas do pâncreas em mulheres chagásicas com idade >= 40 anos, comparadas a controles näo-chagásicas. Obteve-se um arquivo eletrônico extraído do computador central do DSIM/IDT do Hospital Escola da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, contendo informaçöes sobre pacientes do sexo feminino naquela faixa etária, atendidas entre junho de 1993 e julho de 1995. Foram selecionadas todas as pacientes que tinham registro de glicemia em jejum na ocasiäo em que se submeteram a testes sorológicos para a doença de Chagas, cujos resultados permitiram classificá-las em Chagásicas (n = 362) e Näo-chagásicas (n = 285). Os registros do SAME foram dispostos em ordem numérica crescente para amostragem casual dos 647 prontuários contendo dados como idade, diagnósticos principais, índice de massa corporal (IMC) e uma outra glicemia em jejum. O diabetes mellitus foi definido pelo registro de duas glicemias em jejum >= 140mg/dl ou pelo diagnóstico previamente estabelecido por especialista; a hiperglicemia foi definida pelo registro de glicemia em jejum > 110mg/dl.

As pacientes Chagásicas foram classificadas nas formas:

Cardíaca (n = 179), Megas (n = 58) e Assintomática (n = 125). O teste exato de Fisher e o teste do x² foram empregados na comparaçäo de proporçöes; a análise de variância, o teste "t" de Student e os testes de Kruskal-Wallis e de Mann-Whitney foram utilizados nas comparaçöes de variáveis continuas. A correlaçäo entre variáveis foi determinada por regressäo linear. Para todos os testes, foi considerado significativo valor de p < 0,05. Na comparaçäo entre Chagásicas e Näo-chagásicas, respectivamente, a media de idade (57,0 ñ 11,3 vs 57,3 ñ 10,4 anos), o IMC (26,2 ñ 5,6 vs 26,8 ñ 5,8 kg/m²) e a proporçäo de pacientes de cor branca(75,8 por cento vs 77,1 por cento)...

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