Com o objetivo de verificar a influência da glândula pineal, através da secreçäo de melatonina (MLT) sobre a morfologia, morfometria e fisiologia das ilhotas de Langerhans (IP), especialmente sobre a secreçäo e açäo da insulina, foram avaliados o metabolismo, a bioquímica plasmática, a morfologia e a morfometria de segmentos de pâncreas de cinqüenta ratos. Estes animais foram distribuídos em cinco grupos de dez animais cada um, sendo dois grupos controles: grupo N (controle normal); grupo CF (submetidos à cirurgia fictícia) e três grupos experimentais: grupo P1 (pinealectomizados e avaliados entre 15 e 25 dias pós-cirurgia); grupo P2 (pinealectomizados e avaliados entre 60 e 70 dias pós-cirurgia) e grupo Alx (tratados com Aloxana). Os resultados obtidos dos grupos experimentais foram analisados estatisticamente e comparados com os obtidos do grupo N. Quanto à avaliaçäo metabólica, o grupo P2 apresentou menor ingestäo de alimento (g/24h) e o grupo Alx mostrou uma maior ingestäo de água e diurese (ml/24h). Em relaçäo ao peso dos animais, notou-se que os ratos do grupo P2 mostraram-se mais pesados e o peso dos pâncreas dos animais do grupo Alx foi menor. A análise bioquímica plasmática de proteínas totais, triglicerídeos e cloretos näo mostrou diferença significativa entre os grupos estudados, enquanto a dosagem plasmática de colesterol foi menor nos grupos P1, P2 e Alx e as dosagens de sódio e potássio foram menores no grupo P2. Apesar de näo haver diferença significativa entre os grupo P1 e N, quanto aos níveis glicêmicos e de insulina, o grupo P1 apresentou uma tendência à hiperglicemia e hipoinsulinemia e o grupo P2 mostrou uma tendência a hiperinsulinemia. O grupo Alx mostrou elevaçäo da glicemia e reduçäo da insulinemia em relaçäo aos demais grupos. A análise morfométrica revelou maior área e menor densidade das IP nos segmentos dos pâncreas do grupo P2. Em relaçäo à análise morfológica, observou-se maior intensidade dos processos patológicos degenerativos nas IP dos grupos P1 e Alx. Nossos resultados obtidos, com os grupos P1 e P2 de animais pinealectomizados, indicam que a MLT, além de exercer açäo na sensibilidade periférica à insulina, parece ainda ter algum efeito na atividade secretora das células ß das IP, tendo em vista a discreta elevaçäo nos níveis de glicose plasmática, seguida de reduçäo também discreta nos níveis plasmáticos de insulina do grupo P1 como prováveis respostas à falta da MLT. A tendência à hiperinsulinemia,...