Este estudo tenciona desenvolver um modelo de pleurodese através da injeçäo intrapleural de sulfato de bário a 100 por cento e analisar a mecânica respiratória e a histologia pleural e do parêmquima pulmonar. Foram injetados na cavidade pleural direita soluçäo salina (2mL) (controle) ou sulfato de bário (suspensäo 2mL) (pleurodese) em ratos Wistar machos. Os animais foram sedados, anestesiados, traqueotomizados e as pressões elásticas, resistivas e viscoelástica/inomogêneas do sistema respiratório, pulmäo e parede torácica foram medidas pelo método de oclusäo no final da inspiraçäo. A pleura foi estudada determinando-se macroscopicamente a existência de pleurodose e microscopicamente a presença de inflamaçäo e fibrose, bem como a análise quantitativa do colágeno. Os efeitos no parênquima pulmonar também foram avaliados com relaçäo à presença de inflamaçäo e fibrose alveolar. As pressões elásticas, resistivas e viscoelásticas pulmonares aumentaram 48h após a injeçäo de sulfato de bário de forma significativa em relaçäo ao seu grupo controle. Em 30 dias, houve normalizaçäo desses parâmetro mecânicos. A pleurodese, juntamente com a fibrose pleural, além da quantidade de colágeno, foram significativamente maiores em relaçäo ao grupo controle, 48 horas e 30 dias. Quando se comparou os grupos submetidos à pleurodese, esses parâmetros näo se modificaram com o tempo, exceto pela presença de derrame pleural presente em 48 horas e por uma diminuiçäo de sulfato de bário, na cavidade pleural, em 30 dias. Näo foram observadas inflamaçäo ou fibrose alveolar em qualquer um dos grupos. Em conclusäo, o presente modelo demonstra que o sulfato de bário induz a pleurodese já numa fase precoce, sendo inócua ao pulmäo e com normalizaçäo das alterações da mecânica respiratória na fase tardia