Estudo comparativo das pressões inspiratórias e expiratórias máximas em doentes pulmonares adultos com diferentes adequação do estado nutriconal

Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências da Saúde. Area em Ciências da Nutrição to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Na doença pulmonar obstrutiva crônica, a deteriorização do estado nutricional com perda gradual e progressiva de peso é um achado clínico bastante frequente que interfere negativamente na evolução e prognóstico da doença. A alta prevalência de desnutrição na DPOC severa induz a efeitos adversos potencialmente importantes sobre os músculos respitatórios e controle ventilatório. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do estado nutricional e sócio-econômico sobre as Pressões Inspiratórias e Expiratórias Máxima, em indivíduos com Doença Pulmonar (Asma, DPOC e Doença Restritiva) e Normais. Foram estudados 160 individuos, selecionados ao acaso, na faixa etária de 20 a 74 anos, sendo 53 (33,12 por cento) homens e 107 (66,88 por cento) mulheres. A amostra foi dividida em 80 indivíduos com doença pulmonar (grupo experimental) atendidos no ambulatório do Hospital Universitário Lauro Wanderley da UFPB, e 80 indivíduos normais (grupo controle), funcionários da Fundação José Américo e participantes de Grupos de 3ª Idade. Os grupos foram avaliados quanto ao estado nutricional (Índice de Massa Corpórea (IMC), Prega Cutânea do Tríceps (PCT), Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Inquérito Alimentar Recordatário de 24 horas); Função Pulmonar (Doença Respiratória, Tabagismo, Ocorrência de Dispnéia, Frequência Respiratoria e Pressão Inspiratória (Pimax) e Expiratória Máxima (Pemáx) e Condições Sócio-econômicas (Renda Familiar e Escolaridade). Os resultados demonstraram que não houve correlação entre ICM e Pressões Inspiratória e Expiratória Máxima, assim como a CMB e Pimáx, em ambos os grupos. Porém, no grupo experimental, existiu uma correlação significativa entre CMB e Pemáx (r = 0,2327 e p = 0,038). Através de teste estatístico, a renda familiar não apresentou associação com o ICM e com as Pressões Inspiratórias e Expiratórias Máxima. Quanto à escolaridade, foi observada uma associação com o ICM, no grupo controle (p=0,04), enquanto com a Pimáx e Pemáx não foi encontrada associação significativa (p < 0,05). Com base nos resultados, conclui-se que as depleções de massa magra (CMB) encontradas no grupo experimental podem ter influenciado nos valores da Pemáx, apesar da prevalência de sobrepeso neste grupo. Por isso, seria necessário se avaliar as variações ponderais sobre a força dos músculos respiratórios, nesses indivíduos, por um período de tempo. E também se investigar o efeito do biótipo e do uso de esteróides sobre a força dos músculos respiratórios

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