A atividade Física Adaptada é considerada hoje um componente no tratamento convencional da criança asmática, proporcionado alterações do quadro clínico em função da diminuição, intensidade, duração e frequência das crises de bronco espasmo e simultaneamente de alterações no seu comportamento, suscitando melhor desempenho na sua vida social, melhora do estado psíquico e menor espoliação no seu quadro nutricional. O objetivo deste trabalho foi avaliar a evolução da Função Pulmonar durante um programa de atividade física, através de medidas do Pico de Fluxo Expiratório (PFE). Foram estudadas 22 crianças do sexo masculino na faixa etária de 5 a 11 anos portadoras de asma brônquica, no período de 6 meses, as quais submeteram-se, a um programa de atividade física envolvendo atividades metabólicas, exercícios respiratórios, posturais e natação, sendo também submetidas a avaliação nutricional, através dos indicadores Peso/Altura, Altura/Idade, segundo padrão de referência do NCHS (National Center for Health Statistics), comparação da idade cronológica com a idade óssea, e exame clínico para determinação da maturidade sexual, segundo critérios TANNER. Foram realizadas medidas de PFE no início do programa durante uma semana (3 medidas) e a cada última semana dos meses subsequentes. As curvas de Pico Fluxo Expiratório apresentaram diferenças significativas (p<0,05) quando comparadas a 1ª curva com a 4ª, 5ª e 6ª curvas, não apresentando significância na comparação da 1ª com a 2ª e a 3ª curvas. No diagnóstico nutricional as crianças apresentaram em sua maioria eutróficas (91 por cento), segundo a correlação dos indicadores Peso/Altura e Altura/Idade (percentil) com uma tendência marcante abaixo do percentil 50, não ocorrendo grandes modificações no decorrer do programa. Na comparação da idade cronológica com a idade óssea ocorreu um retardo do desenvolvimento ósseo em cerca de 68,2 por cento e apenas 32,8 por cento das crianças apresentara compatibilidade entre as duas idades. Quanto ao crescimento linear, durante o programa, apresentaram evolução estatisticamente significativa em relação ao ganho ponderal, estatural e circunferência muscular do braço. Caracterizando desta forma os benefícios de um programa de atividade física adaptada para criança asmática na melhora da capacidade respiratória, da função pulmonar, diminuição da frequência e intensidade das crises de asma, fortalecimento dos músculos respiratórios, com melhora da auto-estima e desenvolvimento psico-