Malária na gravidez: estudo de pacientes do Instituto de Medicina Tropical do Amazonas, Brasil, 1990-1997

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Oswaldo Cruz to obtain the academic title of Mestre. Leader: Ribeiro, Cláudio Tadeu Daniel

Foram realizados dois estudos descritivos sobre os fatores que predispõem, a apresentação clínica e a evolução da infecção malárica em pacientes gestantes acompanhadas no Instituto de Medicina Tropical do Amazonas, na Amazônia brasileira. O primeiro foi um estudo retrospectivo, baseado em prontuários de pacientes internadas entre janeiro de 1990 e fevereiro de 1997. A freqüência de infecção pelo P. vivax foi de 27(14,4 por cento) pacientes, 7 delas apresentaram malária grave devido a anemia (Hb<7mg/dl), sem que se apresentasse nenhum óbito. Infecção por P. falciparum foi observada em 161 gestantes com 51 casos de malária grave, 5 delas evoluindo para o óbito.

As causas da malária complicada foram:

anemia em 48(31,8 por cento) pacientes, insuficiência renal aguda em 7(4,8 por cento), malária cerebral em 6(3,7 por cento), edema pulmonar em 4(2,5 por cento), CIVD em 2(1,2 por cento), hipoglicemia e choque 1 paciente (0,6 por cento), respectivamente. No segundo estudo, uma coorte de 195 gestantes com malária foi acompanhada durante a infecção e depois desta, desde março a novembro de 1997. O P. vivax, causou 132(67,7 por cento) das infecções e o P. falciparum 63(32,3 por cento). Houve 8 casos de malária grave, 3 deles entre as pacientes com malária vivax devido à anemia e 5 em pacientes com malária falciparum devido a: anemia (2 casos), insuficiência renal aguda em 2 pacientes e um caso de hipoglicemia. Nenhuma das pacientes desta série foi a óbito. Tanto aborto quanto parto prematuro foram mais observados durante o episódio agudo de malária que depois desta (FALTA ALGO)(33,3 por cento e 14 por cento, respectivamente). A freqüência de baixo peso ao nascer (BPN), também foi maior durante a parasitemia materna que no acompanhamento posterior (16,7 por cento e 8,3 por cento, respectivamente). Embora só um caso fosse determinado como crescimento intra-uterino retardado, a média de peso do recém-nascido foi menor nos filhos de primigestas, menores de 20 anos, anemiadas, com déficit de peso corporal e com infecção placentária. (FALTA ALGO)amostras, 5 delas pertenciam a pacientes com infecção por P. vivax. Malária congênita não foi evidenciada neste estudo. Estes achados, refletem a importância que tem a malária durante a gestação, como assunto de pesquisa na Amazônia brasileira.

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