A regulação da secreção de catecolaminas em células cromafins

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Oswaldo Cruz to obtain the academic title of Doutor. Leader: Mathias, Paulo Cesar de Freitas

Estudou-se o envolvimento dos pools intracelulares de Ca2+ na secreção de catecolaminas e o efeito da glicose e densidade celular sobre células cromafins. Em células cromafins de boi, a cafeína (50mM) inibiu totalmente a secreção de catecolaminas e os fluxos de 45Ca2+ induzidos por cabacol e nicotina e em 55,88 e 12,74 por cento, respectivamente, os estimulados por K+ elevado, como na secreção em células cromafins de rato. A pré-incubação com cafeína inibiu de forma tempodependente a secreção induzida por K+ (90,80 por cento aos seis minutos). Neste protocolo a captação de 45Ca2+ foi reduzida em 40,00 por cento no primeiro minuto. Concluímos que a cafeína tem efeito inibitório sobre a estimulação nicotínica e que o desequilíbrio da homeostase dos pools intracelulares de Ca2+ diminui a secreção de catecolaminas. O efeito da retirada de Na+ extracelular foi analisado. A secreção foi inversamente proporcional à concentração de Na+, na presença e ausência de Ca2+ extracelular. Reduzindo a incubação de 15 para 1 minuto, a secreção foi três vezes maior nos experimentos com Ca2+. Pré-incubação com cafeína reduziu a secreção estimulada pela retirada de Na+ e, em maior proporção, no meio com Ca2+. Concluímos que a diminuição da concentração de Na+ extracelular mobiliza Ca2+ de pools intracelulares e induz o influxo de Ca2+. Em células cromafins de feocromocitoma de rato, a glicose em altas concentrações (25,00 mM) diminuiu a expressão de tirosina hidroxilase (TH) e dopamina ß-hidroxilase (DBH). O aumento da desnsidade celular reduziu os níveis de DBH e feniletanolamina metiltransferase (PNMT) independentemente da concentração de glicose. A proliferação celular foi maior nas células cultivadas em meio com 5,5 mM de glicose, e significativamente diferente após 72h de cultivo. A glicose modificou o padrão de fosforilação de proteínas. Uma proteína de massa molecular aparente de 43 kDa apareceu fosforilada em resíduos de (FALTA ALGO)com 5,5 mM de glicose. O mesmo ocorreu com outras duas proteínas, de 70 e 79 kDa, fosforidadas em resíduos de tirosina. Concluímos que a glicose em altas concentrações reprime a proliferação celular e o sistema de síntese de catecolaminas em consequência da modificação dos processos de sinalização celular. Sugere-se que a proteína de 43 kDa é uma proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK).

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