Tem como objeto historiar a inserçäo da Psicologia no complexo hospital das clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo, desde o ano de 1950 até 2002, e compreender a prática do psicólogo no ambiente hospitalar. É um estudo qualitativo, que a partir da análise de programas de estudos sobre a Psicologia Hospitalar e a prática profissional, refletiu-se sobre o sentido dessa prática adotando uma postura sobre linguagem e história. Para coleta de dados, foram utilizados documentos de domínio público acerca do tema e entrevistas, a partir de um roteiro temático, com 21 psicólogos que atuam no HC. Como resultados, os discursos apontam para uma prática psicológica no ambiente hospitalar que se distancia da epistemologia psicológica, gerando posturas psicológicas de assistência ao usuário do HC muito próximas ao modelo do diagnóstico médico, e em muitos momentos sendo regida por uma lógica de clínica médica, nos mostrando que apesar de estar bem estruturada dentro do HC, a psicologia vive um dilema para se localizar entre as ciências humanas e biológicas, revelando também uma premente necessidade de repensar o papel do psicólogo no HC e os rumos que estäo sendo dados à psicologia hospitalar bem como a necessidade de mais estudos acerca do tema