Carcinoma ductal in situ: alcance e limitações da mamografia

Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

O rastreio do câncer de mama através da mamografia é a ação mais efetiva por possibilitar a detecção precoce, de grande importância para o tratamento e o prognóstico e o carcinoma ductal in situ é a lesão maligna mais precoce que a mamografia pode detectar.

São nossos objetivos neste trabalho:

1- avaliar o potencial e as limitações da mamografia na definição do status da lesão (in situ X invasivo) e aspectos associados; 2- estabelecer um protocolo com os passos que devem seguir à detecção da lesão, para obtenção do diagnóstico histopatológico com a melhor relação custo/benefício e custo/eficiência. A casuística examinada é constituída por 226 casos de carcinoma, obtidos de 1002 marcações pré-cirúrgicas (MPC) e de 1211 core biópsias (CD) realizadas no Centro de Mastologia do Rio de Janeiro no período de 07/01/92 a 17/01/00.

A série de 226 casos de carcinoma foi dividida em dois grupos:

A: 66 casos de carcinoma ductal in situ (CDIS), B (controle) 160 casos de carcinoma ductal invasor (CDInv).

Os sinais mamográficos que suscitaram as biópsias foram divididos em três tipos:

1- microcalcificações isoladas (MC) quando apenas microcalcificações eram visíveis, sem nenhuma imagem com densidade de partes moles associada; 2- opacidades (ND) imagens com densidade de parters moles, configurando nódulos ou densidades assimétricas, com ou sem microcalcificações associadas; 3- distorção parenquimatosa (DT) quando não havia nódulo ou massa detectável mas apenas distorção arquitetural, com ou sem microcalcificações associadas. No grupo A predominaram as microcalcificações isoladas, 50 de 66 (89,39 por cento), enquanto no grupo B o predomínio foi das lesões densas, 124 de 160 (77,50 por cento) . Aplicados os testes estatísticos observou-se x2=113,786 indicando diferença altamente significativa entre os dois grupos (p<0,0001), valores que nos permitem associar microcalcificações isoladas ao CDIS e lesão densa ao carcinoma ductal invasor. Observou-se ainda que mamografias com qualidade suficiente podem detectar partículas ínfimas, sendo portanto um método de exame adequado à análise das microcalcificações malignas, que caracteristicamente têm tamanho inferior a 0,5 mm. O mesmo ocorre com as lesões densas, que se expressam adequadamente em mamografias de boa qualidade. Pode-se afirmar, portanto, que a mamografia é um método eficaz para avaliar se uma lesão suspeita de malignidade está mais provavelmente no estágio...

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