Pesquisa sobre qualidade de vida de pacientes de UTI: uma revisäo de literatura
Publication year: 2002
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Escola de Enfermagem to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Este estudo teve como objetivo analisar as pesquisas sobre qualidade de vida de pacientes de UTI em quatro periódicos especializados (Critical Care Medicine, Intensive Care Medicine, Heart & Lung e Critical Care Nurse) no período de 1997 a 2001. As pesquisas foram analisadas segundo a freqüência de publicaçäo, país de origem, explicitaçäo do conceito de qualidade de vida, método de coleta dos dados, tipos de medidas utilizadas e avaliaçäo das propriedades psicométricas. Os artigos foram localizados mediante busca manual nos periódicos selecionados, os quais foram também rastreados por meio eletrônico, nas bases de dados EMBASE, CINAHL e Journal@OVID, utilizando-se as palavras-chave qualidade de vida e qualidade de vida relacionada à saúde. De um total de 7359 artigos publicados, 249 (3,4 porcento-) foram acessados pelas palavras-chave. Entre eles, 70 (28,2 porcento) atenderam aos critérios de inclusäo, sendo este o total de pesquisas analisadas. Apenas uma delas era de natureza qualitativa. O Critical Care Medicine publicou 51,4 porcento dos artigos estudados e Heart & Lung, 24,3 porcento. Em relaçäo ao país de origem das pesquisas, 40 porcento eram provenientes dos Estados Unidos. Em 75,7 porcento o conceito de qualidade de vida näo estava claramente explicitado. Os métodos de coleta de dados mais utilizados foram o correio (28,6 porcento), a entrevista (27,1 porcento) e o telefone (17,1 porcento). Nas 69 pesquisas em que se utilizaram instrumentos, foram identificados 56 diferentes tipos, dos quais 76,7 eram específicos, 17,8 porcento genéricos e 5,4 porcento medidadas de utility. As medidas específicas para a dimensäo mental predominaram sobre todos os demais tipos (30,3 porcento). Embora menos numerosas, as medidas genéricas foram as utilizadas com maior freqüência (29,5 porcento), destacando-se o SF-36, aplicado em dez estudos. A confiabilidade de pelo menos um dos instrumentos utilizados foi relatada em 23 pesquisas (33,3 porcento); a validade, em apenas três (4,4 porcento) e a responsividade, em nove (13,0 porcento)