Impacto da dispersäo do intervalo QT na evoluçäo clínica de pacientes com insuficiência cardíaca crônica em uso do carvedilol

Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Cardiologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Fundamento:

O papel da dispersão do intervalo QT (DQT) na insuficiência cardíaca (IC) ainda permanece controverso e indefinido.

Objetivo:

Avaliar o impacto da DQT na evolução clínica de pacientes com insuficiência cardíaca crônica estáveis em uso do carvedilol (CVD) .

Metodologia:

Foram selecionados 108 pacientes para terapêutica com carvedilol em portadores de IC crônica estáveis e em classe funcional (CF) 11,111 e IV da NYHA. Todos apresentavam uma FE do VE<0,40 e estavam em tratamento padrão para IC otimizados. A faixa etária era de 22-82 anos, sendo 65,7 por cento do sexo masculino, 72,2 por cento brancos e foram submetidos a história clínica/exame físico completos, avaliação laboratorial, eletrocardiograma, ecocardiograma e acompanhados ambulatorialmente por um período médio de 38,2 meses. Todos usaram o CVD nas doses máximas toleradas.

Os parâmetros avaliados foram:

características gerais da população, etiologia da cardiopatia, medicação concomitante, CF da NYHA antes e após CVD, dose máxima do betabloqueador, FE e DQT antes e após 6 meses de CVD, presença ou não do bloqueio do ramo esquerdo (BRE), internações cardiovasculares, complicações e óbitos durante o acompanhamento.

Resultados:

Houve redução da DQT (de 109ms para 72ms) e aumento da FE (de 0,27 para 0,39) após 6 meses de carvedilol (p<0,001). A redução da DQT não apresentou significância estatística entre as características gerais da população (p>0,05), nas medicações concomitantes (p>0,05), nas diferentes doses do carvedilol (p=0,80), na etiologia da cardiopatia (p=0,959), na presença de complicações (p=0,851) e na presença ou não do BRE (p=0,161). Esta redução teve relação com os pacientes de CF mais graves (principalmente III e IV) préCVD (p=0,007), com a melhora da CF (p=0,028) e com menor número de internações por ano de acompanhamento (p=0,047). A DQT pré-CVD £ 90ms foi preditora de internações (AUC = 0,636; sens. = 43,1 por cento; espec. = 82 por cento; razão VS positiva = 2,39; razão VS negativa = 0,69). A presença de BRE (p=0,002; OR=4,606) e a DQT pós-CVD > 90ms foram preditores de...(au)

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