Estudo comparativo do efeito do cloreto de benzalcôneo, em diferentes solventes, aplicados sobre o cólon de ratos

Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Cirurgia Pediátrica to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Objetivo:

Estudar o efeito do cloreto de benzalcôneo a 0,1 por cento diluído em diferentes solventes, aplicado na superfície serosa do cólon sigmóide de ratos.

Método:

Utilizou-se 225 ratos machos, Wistar, com 90 dias de vida, subdivididos em 5 grupos de 45: grupo I -aplicação de cloreto de benzalcôneo a 0,1 por cento diluído em álcool 70 por cento na superfície serosa do cólon sigmóide, por 30 minutos, por meio de esponja com extensão de 1,Ocm; grupo II - aplicação de álcool a 70 por cento, grupo III aplicação de cloreto de benzalcõneo em soro fisiológico, grupo IV - aplicação de soro fisiológico e grupo V -permanência de esponja embebedora das substâncias por 30 minutos. Cada grupo foi subdividido em 3 grupos de 15 ratos com eutanásia aos 7, 15 e 30 dias para retirada do cólon no local do experimento. Cortes dessas regiões foram submetidos a estudo histológico pela técnica de hematoxilina e eosina e estudo imunohistoquímico pela técnica da avidina-biotinaperoxidase para a pesquisa de proteína S-100.

Resultados:

a circunferência do cólon foi maior nos primeiros 7 dias, para os grupos I e li. A distensão abdominal nos primeiros 7 e 15 dias foi mais acentuada nos grupos I e li. Aderências intestinais foram observadas nos grupos I, II e III em todos os períodos de tempo. Os grupos I, II e III apresentaram aos 7 dias tecido inflamatório agudo que gradativamente passa a tecido do tipo linfocitário aos 15 e 30 dias, e o tecido de granulação foi exuberante em todos os ratos dos grupos I e II, principalmente. Ocorreu diminuição importante dos feixes neurais mioentéricos e submucosos nos grupos I, II e III, porém, a intensidade da destruição celular é menor no grupo III. As camadas circular e longitudinal aumentam de largura no grupo III, embora em menor tamanho que os grupos IV e V, enquanto no grupo I e II o álcool é responsável por grande destruição, que impossibilita as medidas. 0 número de células neurais dos plexos mioentéricos diminuem em número nos ratos do grupo III, em relação aos do grupo IV e V, e estão muito diminuídos nos grupos I e II pela grande destruição tecidual.

Conclusão:

o cloreto de benzalcôneo diluído em álcool a 70 por cento é mais lesivo ao tecido entérico que o cloreto de benzalcôneo diluído em soro fisiológico

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