Objetivo:

verificar a capacidade de reconhecimento biométrico iriano após a cirurgia de catarata.

Métodos:

cinqüenta e cinco olhos de cinqüenta e cinco pacientes a serem submetidos à cirurgia de catarata foram selecionados e cadastrados pelo sistema biométrico lrisAccess© da LG Electronics. Todos tiveram suas íris examinadas por biomicroscopia. Os pacientes foram, então, submetidos à facoemulsificação com implante de lente intra-ocular no Setor de Catarata da UNIFESP. Pelo menos trinta dias após o procedimento, os mesmos pacientes foram reexaminados e tiveram suas íris verificadas.

Resultados:

os pacientes apresentaram variados graus de diferenças de textura na camada superficial da íris, alterações no formato da pupila, perda de tecido e atrofia. Quarenta e nove olhos continuaram sendo reconhecidos, e seis perderam o cadastramento inicial, tendo tido sucesso no recadastramento do mesmo olho. Todos os olhos não-reconhecidos, exceto um, tiveram alterações irianas clinicamente importantes. As variações biométricas binárias (distância Hamming) foram estatisticamente correlacionadas com as alterações clínicas.

Conclusão:

o procedimento de facoemulsificação causa alterações irianas capazes de mudar, de forma estatisticamente significante, a característica dos códigos irianos provocando a não identificação biométrica