Interrupçäo estruturada da terapia na infecçäo crônica pelo HIV-1, após falha terapêutica, durante o período de doze semanas

Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Imunologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:

A interrupção da pressão terapêutica anti-retroviral pode potencialmente permitir que a cepa selvagem do HIV-1 supere, em crescimento, a cepa resistente. Um estudo prospectivo incluiu 35 pacientes para avaliar o impacto da interrupção estruturada da terapia durante 12 semanas, em pacientes com falha B terapêutica a HAART. Após 12 semanas, o aumento médio da carga viral foi de 0,55 log e a queda média das células CD4+ foi de 95 células/ml. Todas as amostras mostraram evidência de resistência à droga, ocorrendo de 7 a 15 mutações associadas com resistência por paciente. Reversão total na região pol (protease e transcriptase reversa) foi evidenciada em 31,4 por cento (11 /35) dos pacientes. Reversão parcial (reversão de um dos genes) ocorreu em 34,3 por cento (12/35). Reversão parcial ou total na região pol foi observada em 43 por cento (15/35). Ausência de reversão na região pol foi constatada em 34,3 por cento (12/35) dos indivíduos. A protease revelou uma reversão total de 51 por cento (18/35). A transcriptase reversa (TR) mostrou uma reversão total de 40 por cento (14/35). Reversão parcial ou total na TR foi detectada em 57 por cento (20/35). Os análogos de nucleosídeo reverteram em 40 por cento (14/35) e os não análogos em 51 (18135). Após 12 semanas, a interrupção da terapia induziu o ressurgimento da cepa selvagem ou de um vírus menos resistente. Contudo, não é possível responder se as cepas minoritárias com elevado perfil de resistência, não detectadas pela metodologia empregada, poderão reaparecer com a introdução da terapia

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