Concentraçöes de ácido ascórbico no plasma de gestantes fumantes e näo fumantes e de seus recém-nascidos

Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutriçäo to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Em out-dez/2002, foi realizado um estudo do tipo transversal no Centro Obstétrico do Hospital Universitário da Universidade de Säo Paulo, objetivando avaliar as concentraçöes de ácido ascórbico (vitamina C) no plasma de gestantes fumantes e näo fumantes e de seus recém-nascidos. Foram estudadas amostras de 87 gestantes näo expostas (näo fumantes) e 40 gestantes expostas (fumantes). A seleçäo dos grupos de estudo ocorreu no pré-parto do Centro Obstétrico do hospital. Foram excluídas do estudo as gestantes que apresentaram doenças infecciosas agudas e/ou crônicas, doenças metabólicas, hipertensäo, pré-eclâmpsia/eclâmpsia e também aquelas que geraram bebês pré-termo e gemelares. As concentraçöes plasmáticas de ácido ascórbico das gestantes expostas e näo expostas e de seus recém-nascidos, foram determinadas pelo sistema de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Os grupos de estudo responderam 2 questionários- um questionário geral que captou as variáveis analisadas no estudo e um questionário de freqüência alimentar que avaliou de forma quantitativa, a ingestäo de alimentos fonte de vitamina C. O coeficiente de correlaçäo de Pearson determinou a correlaçäo das concentraçöes de vitamina C no plasma materno e no cordäo umbilical. Os resultados demonstraram que a concentraçäo de ácido ascórbico no plasma dos recém-nascidos foi maior do que a das gestantes, independente do grupo que pertenciam os recém-nascidos. Encontrou-se uma prevalência de 40 por cento de hipovitaminose C marginal nas gestantes fumantes e de 27,5 por cento nas gestantes näo fumantes. Existiu uma forte correlaçäo positiva entre as concentraçöes de ácido ascórbico materna e do recém-nascido no grupo fumante (p menor que 0,01), no grupo de gestantes näo fumantes esta correlaçäo foi positiva de média à forte (p menor que 0,01). Foi avaliado o impacto do fumo nos níveis de ácido ascórbico plasmático das gestantes fumantes, observando-se a reduçäo de 0,866 micra mol/L da vitamina a cada cigarro fumado por dia. Foram encontradas correlaçöes positivas entre os níveis de ácido ascórbico e 10 alimentos consumidos por gestantes näo fumantes (p menor que 0,01) e dois alimentos no grupo de gestantes fumantes (p menor que 0,05). Conclui-se que os níveis de ácido ascórbico mantém-se adequados, independente da deficiência materna e que a média de ácido ascórbico plasmático do grupo fumante é menor do que a média do grupo näo fumante, tanto para as gestantes como para os recém-nascidos

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