Crescimento físico e aptidão física relacionada à saúde em adolescentes rurais e urbanos

Publication year: 2002
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Santa Maria to obtain the academic title of Doutor. Leader: Pires Neto, Cândido Simões

Este estudo, caracterizado como transversal, teve por propósito comparar o crescimento físico e a aptidão física relacionada à saúde (AFRS) de adolescentes femininos e masculinos, residentes em áreas rurais e urbanas, bem como comparar os resultados com padrões critérios-referenciado estabelecidos por Marcondes (1982) para o crescimento físico e pela AAHPERD (1988) para a AFRS. A amostra foi composta por estudantes voluntários, das redes públicas de ensino, totalizando 1420 sujeitos. Destes, 447 são moças urbanas e 252 rurais; 435 são rapazes urbanos e 286 rurais, com idades entre 10,50 a 17,49 anos. O crescimento físico foi analisado através da estatura, massa corporal, altura tronco-cefálica, comprimento de membros inferiores, perímetro do antebraço, diâmetros biestilóide rádio-ulnar e biepicondiliano do fêmur; e, a AFRS através do índice de massa corporal, somatório das dobras cutâneas tricipital e panturrilha, aptidão cardiorrespiratória, força/resistência da parte inferior do tronco e da parte superior e braços, e flexibilidade. Todas as variáveis foram tratadas no statistical Analysis System, por idade decimal, entre sexos e no mesmo sexo entre as áreas rural e urbana. Para comparar as variáveis com distribuição normal foi usada a estatística F de Fischer (p< 0,05) e, para as sem distribuição normal foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis (p<0,05).

Os resultados obtidos possibilitam concluir que:

a partir dos 14 anos os rapazes apresentam médias significativamente (p< 0,05) maiores nas variáveis de crescimento físico do que as moças; o crescimento físico é semelhante no mesmo sexo entre rurais e urbanos; de modo geral, tanto as moças como os rapazes apresentam estatura e massa corporal superiores aos referenciais nacionais; a AFRS é superior (p<0,05) nos rapazes em todas as idades, em relação as moças; moças e rapazes rurais apresentam melhor (p<0,05) AFRS do que seus pares urbanos; em torno de 85 por cento das moças e rapazes rurais e, em torno de 93 por cento das moças e rapazes urbanos não atendem os critérios-referenciado, indicadores de uma recomendada AFRS.

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