A produção social da velhice

Publication year: 1992

Com base no levantamento bibliográfico, é analisado o discurso subjacente aos trabalhos científicos em geriatria e gerontologia e conclui-se que estes, em sua maioria tratam a velhice como "problema social". Há uma tendência predominante de demonstrar que este "problema" pode ser resolvido através do aumento da vida produtiva em trabalho laborativo. O presente trabalho, analisa esta vertente histórica, levantando a quesão do trabalhador cuja vida de trabalho é constituída de atividades predominantemente físicas, para os quais a velhice se torna algo muito temido, pela diminuição de sua capacidade física.Esta perda progressiva da capacidade de adaptação às atividades de trabalho gera um processo de marginalização do indivíduo, muitas vezes a partir de idades tão precoces, como ocorre com os trabalhadores na teceira ou quarta década de vida, quando poderiam estar desenvolvendo atividades com menor demanda física e maior demanda intelectual. Destaca-se, então, que o envelhecimento sadio não depende do indivíduo apenas. Seriam necessários mecanismos sociais que possibilitassem desde a infância, um desenvolvimento integral das capacidades do ser humano - físicas, mentais, além de todo um sistema de trabalho que integrasse o indivíduo de acordo com as aptidões relativas à faixa etária

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