Avaliaçäo in vitro da influência do número de ciclos térmicos na microinfiltraçäo de dentes decíduos restaurados e hígidos
Publication year: 2002
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Avaliou-se in vitro a influência do número de ciclos térmicos na microinfiltraçäo marginal de restauraçöes classe V de resina composta em dentes decíduos e a infiltraçäo de corante através dos tecidos de dentes decíduos hígidos. Foram utilizados 100 incisivos centrais e laterais superiores decíduos, obtidos do Banco de Dentes da Disciplina de Odontopediatria da FOUSP. Nas superfícies vestibulares de 50 dentes foram preparadas cavidades classe V, com caneta em alta rotaçäo, utilizando-se a ponta diamantada n§ 3131 com um stop de resina, com a finalidade de padronizaçäo do preparo. Os demais dentes (n=50) näo receberam restauraçöes, permanecendo hígidos. As cavidades foram restauradas com adesivo Single Bond e resina composta Z-250 acomodada pela técnica incremental em dois incrementos diagonais. Em seguida, as amostras foram armazenadas por 24 horas em soluçäo fisiológica a 4C e as restauraçöes, polidas. As amostras restauradas e hígidas foram divididas em cinco grupos (n=10), cada, de acordo com o tratamento térmico: sem ciclagem térmica e com ciclagem variando o número de ciclos térmicos em 100, 500, 1000 e 1500 ciclos as temperaturas de 5 e 55C, com 60 segundos de imersäo em cada banho. Em seguida, foram cobertas com duas camadas de esmalte de unhas e imersas em soluçäo de azul de metileno a 1 por cento por 24 horas à temperatura de 37ºC. Realizou-se a lavagem das amostras em água corrente e o seccionamento ao centro para avaliaçäo. A penetraçäo do corante na interface denterestauraçäo ou através da superfície vestibular dos dentes hígidos foi verificada com o auxílio de um microscópio acoplado a um microcomputador utilizando-se o Software (Duracom III) obtendo-se medidas lineares (mm) para a microinfiltraçäo. Os resultados foram submetidos às análises näo paramétricas de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (p < 0,05) e possibilitaram concluir que: a variaçäo do número de ciclos térmicos näo influenciou significativamente na microinfiltraçäo dos dentes restaurados; näo houve influência estatisticamente significante na microinfiltrçäo estrutural dos dentes hígidos, quando se variou o número de ciclos térmicos com 0, 100 e 500 ciclos; os dentes hígidos exibiram aumento da penetraçäo do corante quando submetidos a 1000 e 1500 ciclos, os dentes restaurados exibiram maior infiltraçäo que os hígidos apenas nos grupos de 0 e 500 ciclos