Avaliação das ações de controle da dengue: aspectos crÃticos e percepção da população. Estudo de caso em um municÃpio do Nordeste
Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães to obtain the academic title of Mestre. Leader: Augusto, Lia Giraldo da Silva
Aborda a problemática da dengue no Brasil a partir da avaliação crÃtica de alguns componentes do Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa) e dos ajustes realizados nos últimos quatro anos. Contextualiza o processo de implantação tomando por referência um municÃpio do interior do Nordeste. Estudo de caso, de caráter avaliativo que incorporou as variáveis relativas à percepção da população sobre a doença, sobre as ações desenvolvidas no nÃvel local e sobre as condições socioambientais que favorecem a manutenção dessa endemia na áea estudada. Foi realizada uma análise documental para a compreensão dos fundamentos das estratégias adotadas pelo PEAa, de 1996 a 2002. Foi utilizado um questionário semi-struturado, aplicado na forma de entrevista em 339 domicÃlios, selecionados por amostra randomizada, da sede do municÃpio de Glória de Goitá - PE. Os resultados mostram que há uma insuficiência de infra-estrutura urbana de caráter coletivo no MunicÃpio, relacionada à rede de esgoto, defiiciência na coleta do lixo e pela intermitência no fornecimento de água, o que obreiga o seu armazenamento em 96 por cento dos domicÃlios. Quanto ao comportamento epidemiológico, a doença permanece um problema de saúde pública, com surtos epidêmcios anuais. Em relação ao conhecimento sobre a doença, observou-se que a maioria da população conhece os pródromos a doença, porém, desconhece as caracterÃsticas morfológicas e comportamentais do vetor, embora seja este o aspecto mais divulgado no material publicitários dos órgãos de saúde. A visita do agente de saúde para orientação e colocaçõa dos larvicidas nos reservat´roios foi a ação mais referida. A orientação dos agentes de saúde diz respeto principalmente à s formas de evitar a presença dos criadouros artificiais no domicÃlio. A população considera que os produtos quÃmicos utilizados para combater o vetor não fazem mal à saúde humana por ser esta uma garantia da saúde pública e que a continuidade da doença é de responsabilidade dos indivÃduos. O programa atuou em alguns dos aspectos que compõem a complexa doença. Não internaliza os riscos ambientais nos procedimentos adotados para o controle do vetor e não promove o reconhecimento dos riscos que agrega pelo uso de inseticidas quÃmicos.