As moscas varejeiras são um grande problema nas cidades e no campo devido ao seu hábito sinantrópico e vetoração de microorganismos patogênicos. A utilização de produtos químicos para seu controle causa danos a saúde do homem e contamina o meio ambiente, sendo portanto, um estímulo para a busca de alternativas mais seguras, onde o controle biológico pode tornar-se um grande aliado... As coletas foram realizadas semanalmente no campus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ) e no Jardim Zoológico da cidade, através da exposição de larvas de C.

megacephala presentes em carne bovina moída putrefata próximo a lixeira dos dois locais e em três diferentes alturas:

ao nível do solo, a 1m e a 2m. Após sete dias no campo, as larvas transformadas em pupas foram recolhidas e levadas para o Laboratório de Biologia e Controle de Insetos Vetores do Departamento de Biologia do IOC, repetindo o processo durante o período de agosto de 1999 a julho de 2000.As pupas de onde não emergiram moscas foram individualizadas em cápsulas de gelatina e mantidas em câmara climática a 27+ 2°C por aproximadamente 35 dias, quando foi verificada a emergência de parasitóides e feita a dissecação de todas as pupas. Determinada a espécie de parasitóide mais abundante, foram realizados testes de parasitismo em C. megacephala e mensurada a longevidade na presença e ausência do hospedeiro, o tempo de desenvolvimento de ovo a adulto e a razão sexual dos parasitóides desenvolvidos em temperaturas constantes de 21, 24, 27 e 29°C + 2°C... Peckia chrysostoma (Wiedemann, 1830) (Sarcophagidae), C. megacephala e Ophyra aenescens (Wiedemann, 1830) (Muscidae) a 25 + 2°C. Os resultados mostraram a existência de três microhimenópteros que parasitam C.

megacephala na cidade do Rio de Janeiro:

Tachinaephagus zealandicus Ashmead, 1904 (Encyrtidae), Pachycrepoideus vindemiae (Rondani, 1875) Pteromalidae) e Nasonia vitripennis (Walker, 1836) (Pteromalidae)... A 29°C não houve pupas parasitadas e a 24°C houve maior emergência de microhimenópteros adultos... O número médio de T. zealandicus por pupa no campo foi igual a 14,92 e sob temperatura controlada variou em 8,66, 9,44 e 13,23 a 21°C, 24°C e 27°C, respectivamente... O número médio de parasitóides por pupa foi 13,08 em C. megacephala e de 21,18 em P. chrysostoma. Não houve diferença no tempo médio de desenvolvimento de ovo a adulto e na duração média do período de emergência de T. zealandicus quando criado nas duas espécies de moscas.