Avaliação anti-helmíntica de extratos das espécies Andira, em camundogos naturalmente infectados por Vampirolepis nana (Sielbold, 1852;) Spasskii, 1954 (Eucestoda; Hymenolepididae) e Aspiculuris teraptera (Nitzsch, 1821) Schulz, 1924 (Nematoda; Heteroxynematidae)
Publication year: 2002
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Oswaldo Cruz to obtain the academic title of Doutor. Leader: Bomfim, Tereza Cristina Bergamo do
A atividade anti-helmíntica de extratos vegetais obtidos das espécies Andira anthelmia (Velloso, 1829) MacBride (1934) e Andira fraxinifolia Benthan, 1838 foi avaliada em camundongos naturalmente infectados por Vampirolepis nana (Sielbold, 1852) Spasskii, 1954 e Aspiculuris tetraptera (Nitzsch, 1821) Schulz, 1924. Os extratos obtidos através de infusão (folhas), decocção (casca da raiz e do caule), maceração e fervura sob refluxo da casca da raiz e do caule, foram aplicados por via intra-gástrica, correspondendo às doses que variaram de 0,2 a 16 g/kg/dia. O efeito anti-helmíntico exercido pelas plantas foi avaliado pelo método crítico e os resultados expressos em termos de percentuais médios de eliminação de V. nana e A. tetraptera. As doses de 2 e 4 g/kg/dia da casca da raiz de A.anthelmia, 49,4 por cento e 42,7 por cento, respectivamente, foram significativamente mais ativas para V. nana, em comparação com as demais partes da planta usadas e o grupo controle, não apresentando diferença em relação ao quimioterápico mebendazol e sendo menos ativa do que o nitroscanato. A dose de 2 g/kg/dia da casca da raiz de A. anthelmia foi significativamente mais ativa para A. tetraptera (63,2 por cento), em comparação com as folhas, a casca da raiz utilizadas nas doses de 1, 4 e 8 g/kg/dia, e o grupo controle; não apresentando diferença significativa em relação ao quimioterápico nitroscanato e sendo menos ativa do que o mebendazol. Não houve diferença significativa no percentual de eliminação de V. nana e A. tetraptera, quando avaliado os extratos obtidos da espécie A. fraxinifolia. A extração da casca da raiz de A. anthelmia e da casca do caule de A. fraxinifolia, através dos processos de maceração e fervura sob refluxo, demonstrou que somente os extratos metanólico (26,7 por cento) e aquoso (maceração) (18,9 por cento) de A. anthelmia foram significativamente mais ativos para A. tetraptera, não o sendo para V. nana, quando comparados ao grupo controle. Após o fraciofraxinifolia, através do processo de partição, a fração clorofórmica apresentou um percentual significativamente maior de eliminação de A. tetraptera (24,6 por cento), quando comparada ao grupo controle. De acordo com os resultados obtidos as espécies A. anthelmia e A. fraxinifolia são promissoras como anti-helmínticas.