O diagnóstico diferencial entre as lesöes fibro-ósseas benignas dos maxilares é muito importante, visto que elas diferem quanto à etiologia, comportamento, prognóstico e, conseqüentemente, abordagem terapêutica. Este estudo teve como objetivo analisar, comparativamente, a expressäo imuno-histoquímica das principais proteínas näo-colágenas constituintes da matriz extracelular de tecidos mineralizados (osteonectina, osteopontina, sialoproteína óssea e osteocalcina) em 54 casos de lesöes fibro-ósseas benignas dos maxilares, sendo 22 displasias fibrosas, 16 fibromas cemento-ossificantes e 16 displasias cemento-ósseas. Os resultados mostraram que a osteonectina manteve o mesmo perfil de expressäo em todas as lesöes fibro-ósseas estudadas a marcaçäo para osteopontina foi negativa nas células fusiformes produtoras de glóbulos cementóides e fraca, bem como heterogênea, nas matrizes altamente mineralizadas houve negatividade para sialoproteína óssea nos glóbulos cementóides e nas células fusiformes que os produzem, diferentemente da expressäo fortemente positiva encontrada na maioria das trabéculas ósseas e seus osteoblastos cuboidais periféricos e, por fim, a imuno-reatividade para osteocalcina foi fraca, exceto em osteoblastos cuboidais e osteócitos. Concluiu-se que a natureza da estrutura mineralizada e o fenótipo celular se responsabilizam muito mais pelas variaçöes de expressäo encontradas do que, propriamente, o tipo de lesäo fibro-óssea, o que impossibilita, pelo menos por enquanto, a utilizaçäo dessas proteínas com finalidade diagnóstica