Prevalência do aleitamento materno em Juiz de Fora, MG

Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina social to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Este trabalho teve como objetivo diagnosticar a situação do aleitamento materno e hábitos alimentares em crianças menores de um ano residentes em Juiz de Fora. Fornece informações básicas para planejamento de política de amamentação neste município, estudando fatores influentes no desmame e criando Banco de Dados em Aleitamento Materno no Centro de Computação do Núcleo de Assessoria Técnica aos Estudos em Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora. Realizou-se uma pesquisa no período de 10 de agosto a 13 de setembro de 2002, época da campanha de vacinação na cidade, em uma amostra por conglomerado, tendo sido entrevistadas 1913 pessoas, entre mães e acompanhantes de crianças menores de 1 ano, em 24 postos de vacinação. A terminologia empregada deu-se de acordo com a recomendação da OMS (1992). Aplicou-se um questionário por intermédio de 228 entrevistadores voluntários, previamente treinados, incluindo estudantes da área de saúde. A pesquisa fez parte de um estudo multicêntrico em conjunto com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo e do Núcleo de Investigação em Saúde da Mulher e da Criança, Instituto de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo denominado "Avaliação das práticas alimentares no primeiro ano de vida em dias nacionais de vacinação".

A pesquisa evidenciou os seguintes resultados:

percentual de aleitamento materno exclusivo e de aleitamento materno predominante de crianças até 4 meses de 20,8% e 24,3% respectivamente; aleitamento materno exclusivo e de aleitamento materno predominante de crianças até 6 meses de 15,8% e 18,8% respectivamente; percentual de aleitamento materno de 56% em crianças menores de 12 meses e de alimentação complementar oportuna de 43,9%; constatou-se o de uso de chupeta e mamadeira por crianças menores de 12 meses de idade de,num percentual de 65,9% e 70,8%, respectivamente. Esses resultados demonstram que a prevalência de Aleitamento Materno Exclusivo aos 4 e 6 meses é baixa e que a prevalência de aleitamento materno até aos 12 meses está muito aquém da preconizada pela OMS. Também é observada a alta freqüência do uso de chupetas e mamadeiras por crianças no município. A maioria das crianças inicia a amamentação no primeiro dia de vida em casa, mas, à medida que a idade aumenta, o índice de amamentação vai diminuindo progressivamente, indicando a necessidade urgente de programas de apoio e incentivo ao aleitamento, bem como de promoção do mesmo no município

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