A relação da angiogênese e da expressão da proteína caderina-E com prognóstico e o estadiamento de doentes operados por asenocarcinoma colorretal

Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Gastroenterologia Cirúrgica to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Objetivo:

Avaliar a relação da angiogênese e da expressão tissular da caderina-E com a recidiva, com o intervalo livre de doença, com a sobrevida e com o estadiamento TNM de doentes operados por adenocarcinoma colorretal.

Métodos:

Foram estudados 126 doentes (60 homens e 66 mulheres, com idade média de 63,7 anos) operados por adenocarcinoma colorretal.

A distribuição segundo o estadiamento TNM foi:

estádio I - 19 (15,1 por cento) doentes, estádio II - 42 (33,3 por cento), estádio III - 36 (28,6 por cento) e estádio IV - 29 (23,0 por cento). Noventa e nove doentes foram submetidos à operação radical sendo então acompanhados por um período médio de 35,8 meses e cuja média do ILD e da sobrevida foi de 71 e 85 meses respectivamente. Os cortes histológicos do tecido tumoral, preservados em parafina, foram examinados por técnica imuno-histoquímica em relação à angiogênese e expressão da caderina-E. Para quantificação da angiogênese utilizou-se a microdensidade vasal (MDV), definida como o número de microvasos por mm2 e a medida da área endotelial (AE), por método informatizado, definida como a área ocupada pelo endotélio vascular no campo microscópico. A caderina-E foi avaliada por método semiquantitativo classificando-se os cortes histológicos como positivos ou negativos.

Resultados:

O número médio de microvasos foi de 128,6 MV/mm2 (DP=44,5) e a área endotelial média de 4,3 por cento (DP=2,1). A caderina-E foi positiva em 49,4 por cento e negativa em 50,6 por cento dos doentes. A recidiva ocorreu em 23,2 por cento dos doentes, não havendo relação com a angiogênese (MDV: p = 0,418; AE: p = 0,822), ou com a expressão da caderina-E (p = 0,820). Da mesma forma não foi observada relação da angiogênese e da caderina-E com o intervalo livre de doença e a sobrevida. Também não foi verificada associação da angiogênese (MDV: p = 0,457; AE: p = 0,451) e da caderina-E (p = 0,958) com o estadiamento TNM.

Conclusão:

Os resultados verificados nesta pesquisa não permitem relacionar a angiogênese e a expressão tissular da caderina-E com o estadiamento e o prognóstico do adenocarcinoma colorretal...

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