Eficácia da predição do risco fetal. Risco calculado: valor prognóstico do modelo de predição do risco fetal basal
Publication year: 1985
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social to obtain the academic title of Mestre. Leader: Moraes, Nélson Luis de Araújo
Estudaram-se prospectivamente de forma não concorrente, 1014 gestantes, atendidas em serviço pré-natal universitário, no período de 1980 a 1984. A esta população, aplicou-se o Modelo de Perdição do Risco Fetal Basal (MPRFB), sistema de contagem que atribui pontos à gestantes na dependência de apresentarem ou não determinados fatores de risco fetal. Posteriormente, verificam-se desenlaces gestacionais e dividiu-se a população de acordo com o prognóstico do MPRFB, favorável ou desfavorável. Descreveu-se a população segundo os fatores de risco mais frequentes e desenlances gestacionais. Analisou-se o poder prognóstico do MPRFB, em especial para baixo-peso ao nascer e prematuridade, calculando-se as taxas de praticabilidade, sensibilidade, especialidade, falsos negativos, falsos positivos e calculando-se os poderes preditivos do teste positivo e negativo. Esta análise foi feita, separadamente, para o grupo de primigestas e não primigestas. Para o grupo de primigestas, o MPRFB, considerando-se de maior-risco aquelas com 12 pontos ou mais, apresentou praticabilidade de 37,9 por cento. Especificidade de 62,6 por cento , sensibilidade de 43,3 por cento e poder preditivo do teste positivo de 8,5 por cento. Para o grupo de não primigestas, o MPRFB, considerando de maior-risco aquelas com 20 pontos ou mais, apresentou praticabilidade de 23,7 por cento; especificidade de 77,2 por cento; sensibilidade de 34,3 por cento e poder preditivo do teste positivo de 10,8 por cento. Surgeriu-se o aperfeiçoamento do modelo de predição do risco fetal basal através do desenho de novo estudo, calculando-se riscos relativos dos diferentes fatores de risco vistos como associados a desenlace gestacional desfavóravel, levando-se em conta interdependência de variáveis ( como idade e paridade) e atribuindo-se novas notações, tendo tais cálculos como sustenção. A abordagem utilizada, de risco, é interessante para a compreensão dos problemas de morbidade e mortalidade perinatais.