Estudo sobre o cotidiano de ser hanseniano realizado com doentes em tratamento em uma Unidade de Saúde de Belém-Pa. Teve como objetivo compreender o cotidiano do hanseniano. A construção metodológica foi fundada na fenomenologia de Martin Heidegger que subsidiou a análise compreensiva sobre o cotidiano do hanseniano. A compreensão aga e mediana evidenciou a perplexidade dos doentes ante sua doença, o medo de transmiti-la, a tentativa de ocultação de sua condição, as mudanças na rotina diária em consequência da doença e a submissão ao tratamento como única forma de cura. A hermenêutica desvelou o temor como o modo da disposição que acompanha o hanseniano a partir do diagnóstico, pois ele teme o isolamento social que sabe que a hanseníase traz e para isso entregam-se completamente ao tratamento.