A malária no Brasil está restrita à Amazônia Legal com importante demanda de recursos humanos e financeiros. A doença na Região distribui-se de forma heterogênia pelos seus Estados. Acredita-se que tais variações estejam relacionadas às mudanças no contexto sócio - econômico da Região, considerando fatores como: o fluxo migratório, projetos de colonização, atividades de garimpo entre outras. Torna-se necessária a abordagem estratificada respeitando contextos e momentos distintos. Todavia, pouco se conhece sobre o perfil da mortalidade pela doença. O presente trabalho teve como objetivo analisar a mortalidade por malária na Amazônia Legal de 1980 a 2000. Através de um estudo exploratório com dados do Sistema de informação sobre Mortalidade (SIM), verifica-se o perfil dos óbitos na população por Microrregião de residência, considerando as variáveis: sexo, faixa etária, espécie parasitária, local de ocorrência e assistência médica. Situa-se os óbitos por malária em relação à óbitos por doenças infecciosas e parasitárias e causas mal definidas. Descreve-se casos notificados por malária no período relacionando com a série histórica de mortalidade. E, finalmente, baseando-se em critérios, identifica-se as áreas para as quais convergiram os piores indicadores da análise. A distribuição dos óbitos na Amazônia Legal ocorre de forma heterogenia entre as Unidades Federadas e Microrregiões. Afeta principalmente indivíduos do sexo masculino e crianças dos 0 a 4 anos entre os grupos estudados. No entanto, detectou padrões diferenciados para cada área cujo contexto sócio-econômico se mostrou igualmente distinto. O trabalho discute o impacto das transformações do espaço Amazônico sobre a população nas duas últimas décadas, no respeitante aos óbitos por malária.