Fatores de risco para nascidos vivos de baixo peso, pré-termos e pequenos para a idade gestacional em Goiás, Brasil, 2000
Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Rede Centro-Oeste, UnB-UFG-UFMS to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Recém-nascidos de baixo peso ao nascer (RNBP), pré-termos (RNPT) e pequenos para a idade gestacional (RNPIG) são considerados problemas de saúde pública pela associação com altas taxas de mortalidade e morbidade. Nenhum estudo prévio sobre fatores de risco para RNBP, RNPT e RNPIG na região central do Brasil foi encontrado na literatura. Entretanto, é necessário determinar os riscos desses recém-nascidos para o planejamento adequado da política de saúde local. Assim, este estudo teve como objetivo identificar as prevalências e os fatores de risco para RNBP, RNPT e RNPIG entre nascidos vivos no Estado de Goiás, Brasil. Foi realizado um estudo transversal tendo como fonte de dados o Sistema de Informações de Nascidos Vivos ligado ao Ministério da Saúde. Examinou-se todos os 92.745 recém-nascidos de gestação única residentes no estado de Goiás, no ano 2000. Usou-se análise de regressão logística para identificar os fatores de risco associados ao RNBP (<2500 g), RNPT (<37 semanas de gestação) e RNPIG (<2500 g e > 37 semanas de gestação). Os fatores de risco das três variáveis dependentes diferiram entre si. Em Goiás, os RNBP apresentaram uma prevalência de 5,96 por cento e os fatores de risco identificados foram: baixa e avançada idade materna, mulheres não casadas, menos de sete consultas de pré-natal, parto não hospitalar, residentes fora da região metropolitana de Goiânia e neonatos do sexo feminino. Para os RNPT, a prevalência foi de 5,30 por cento e os riscos foram encontrados para mães com baixa e avançada idade, menos que sete consultas de pré-natal e residentes fora da região metropolitana de Goiânia. RNPIG apresentaram prevalência de 3,40 por cento e os principais fatores de risco foram: baixa e avançada idade materna, menos que oito anos de escolaridade, menos que sete consultas de pré-natal, recém-nato do sexo feminino e residente no interior do estado. Ações intersetoriais localizadas, principalmente nos municípios mais carentes, são necessárias para reduzir as desigualdades da saúde materna e infantil.