Estudo imunoistoquímico das proteínas da matriz extracelular óssea nos maxilares em fetos humanos

Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:

No tecido ósseo, a matriz extracelular tem um papel importante na diferenciação e atividade das células ósseas, bem como no processo de mineralização. O presente trabalho teve como objetivo estudar a expressão imunoistoquímica de importantes proteínas da matriz extracelular em fragmentos de palato e mandíbula obtidos de 7 fetos humanos com idades variando de 16 a 24 semanas de vida intra-uterina.

Foram utilizados anticorpos contra os seguintes antígenos:

colágenos tipo I (COL I) e tipo III (COL III), fibronectina (FBN), tenascina (TNC), osteonectina (ONC), osteopontina (OPN), sialoproteína óssea (BSP) e osteocalcina (OCC). Os resultados mostraram que o COL I foi expresso na matriz mineralizada, no osteóide, na matriz fibrosa e nos osteoblastos; osteócitos foram fracamente positivos e osteoclastos foram negativos para esta proteína. O COL III foi expresso na matriz fibrosa e fracamente positivo no osteóide, nos osteoblastos e nos osteócitos. Imunomarcação para FBN foi identificada no osteóide, na matriz fibrosa e nos osteoblastos, sendo fraca nos osteoclastos. A TNC foi identificada no osteóide e na matriz fibrosa próxima à área de ossificação, estando fracamente marcada nos osteoblastos. A ONC foi marcada no osteóide, na matriz fibrosa e nos osteoclastos e foi fracamente observada nos osteoblastos e nos osteócitos. A expressão da OPN foi positiva na matriz mineralizada e fracamente identificada no osteóide e nos osteoblastos. A marcação para BSP foi positiva no osteóide, nos osteoblastos e nos osteócitos, e considerada fracamente positiva na matriz mineralizada, na matriz fibrosa e nos osteoclastos. A OCC foi fortemente expressa nos osteoblastos e nos osteoclastos e fracamente marcada no osteóide, na matriz fibrosa e nos osteócitos. A grande variação no padrão de marcação das proteínas estudadas reflete a multiplicidade de funções que elas desempenham e a dinâmica estrutural do tecido ósseo em desenvolvimento.

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