Comparação de diferentes métodos de leitura aplicados à infiltração de corante em dentina humana
Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Considerando as inúmeras críticas que a infiltração de corantes sofreu como método de avaliação da percolação marginal de restaurações, de obturações endodônticas, de retroobturação e da permeabilidade dentinária, este trabalho propôs-se a avaliar comparativamente 3 métodos de leitura aplicados à infiltração de corante em detina humana. Foram utilizadas 16 raízes de dentes unirradiculares infiltradas por azul-de-metileno a 0,5 por cento (8 raízes) e a 2 por cento (8 raízes), nos tempos experimentais de 24 e 48 horas de exposição ao corante. Os métodos de leitura incluíram uma adaptação do proposto por Marshall et al. em 1960, com a variação de colher dados de uma imagem impressa, além de dois sistemas de avaliação digitais, nos quais softwares de análise de imagem puderam ser aplicados utilizando-se duas maneiras distintas de leitura: contornar, com auxílio de ferramenta própria e da utilização do cursor dirigido pelo mouse, a área a ser medida; e, analizar um determinado intervalo de cor que envolva as tonalidades indicativas da infiltração do corante. Os resultados foram tratados estatisticamente e nas condições deste experimento concluiu-se que os métodos de leitura digitais propostos são comparáveis nos resultados obtidos sugerindo que possa se utilizar quaisquer deles nas análises de área de infiltração de corante em dentina, na dependência da acessibilidade aos métodos digitais e de conhecimento de processamento de imagens. O método de leitura da imagem impressa alcançou diferença estatisticamente significante quando comparado com os demais, por oferecer valores maiores, esse fato, entretanto, não inviabializa sua utilização. Entre as concentrações utilizadas de 0,5 por cento e 2 por cento para o agente traçador azul-de-metileno e entre os tempos experimentais propostos de 24 e 48 horas não houve diferenças estatisticamente significantes.