Avaliação das proporções faciais, em fotografias frontais e laterais, de homens e mulheres com harmonia facial, em relação às proporções divinas
Publication year: 2002
Theses and dissertations in Portugués presented to the Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
A divisão de uma reta em média e extrema razão significa dividir um segmento em duas partes, tais que a razão entre a menor e a maior parte seja igual à razão entre a maior parte e o segmento total. A essa proporcionalidade denominamos proporção divina. De acordo com alguns autores pesquisados, as faces consideradas belas apresentam-se em proporção divina, ou seja, na relação de 1:0,618. O presente estudo foi desenvolvido com a intenção de investigar se a proporção divina manifesta-se nas proporções faciais das pessoas selecionadas por avaliadores, utilizando, para tal, o critério de beleza facial. A amostra inicial foi obtida a partir de 104 pessoas, previamente selecionadas e separadas em grupos M (masculino) e F (feminino), sendo realizados, de cada participante, dois registros fotográficos (A e B). A partir do registro fotográfico A obtiveram-se 208 fotografias (frontal e lateral), as quais foram submetidas à avaliação por um grupo de 10 avaliadores com a utilização da escala analógica visual. De posse dos valores atribuídos pelos avaliadores, procedeu-se à realização dos testes estatísticos de Kendall, para verificação do grau de concordância entre os mesmos. Com o resultado dessa análise, identificaram-se os sujeitos que comporiam a amostra final, assim constituída: subgrupos, M1 e F1 (10 pessoas com valor numérico maior) e M2 e F2 (10 pessoas com valor numérico menor), totalizando uma amostra final de 80 fotografias (40 frontais e 40 laterais) a partir do registro fotográfico B. Prosseguiu-se com as marcações dos pontos e, posteriormente, mensuração dos segmentos e das proporções faciais, nas três analises faciais. Os dados obtidos foram comparados com as marcações dos pontos e, posteriormente, a mensuração dos segmentos e das proporções faciais, nas três análises faciais. Os dados obtidos foram comparados com a proporção divina, observando-se que apenas nas proporções N-TRG//TRG-CL e CL-CL//NL-NL ocorreu identificação de valores que não apresentaram diferença estatisticamente significativa com relação ao número 0,618, porém apenas nos subgrupos F1, F2 e F2, M1 e M2, respectivamente. Assim, pode-se afirmar que a proporção divina não está associada à percepção da beleza no contexto desta pesquisa.