Avaliação clínica da ocorrência da doença periodontal em pacientes com endocardite infecciosa
Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Fundação Universidade de Pernambuco. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada em cem pacientes portadores de endocardite infecciosa, de ambos os sexos, com a idade entre 27 a 65 anos, examinados no Hospital Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba e em quatro clínicas particulares na grande João Pessoa - PB, e teve o objetivo de determinar a ocorrência da doença periodontal nos referidos pacientes. Os cem pacientes selecionados foram cadastrados em ficha clínica específica, confeccionadas com o intuito de coletar dados do paciente cardiopata (Anexo 1). Para se verificar o grau e a necessidade de tratamento periodontal, utilizou-se o I.N.T.P.C. - Índice das Necessidades de Tratamento Periodontal na Comunidade (Anexo 2). Os pacientes que tinham doença periodontal grave (códigos 3 e 4 no I.N.T.P.C.), foram incluídos no Grupo 1; os pacientes com o estado periodontal variando entre ausência até doença periodontal incipiente (códigos 0, 1 e 2 no I.N.T.P.C.) compuseram o Grupo 2. Foram excluídos da pesquisa os pacientes com comprometimento sistêmico de alto risco para a endocardite infecciosa, para não confundir a busca por uma etiologia exclusivamente periodontal. Foram incluídos na amostra pacientes com risco moderado e risco insignificante para a endocardite infecciosa, pois estes fatores não iriam influenciar na etiologia periodontal. Os resultados foram analisados estatisticamente e apresentados sob a forma de tabelas e gráficos. A análise estatística demostrou que a ocorrência clínica da doença periodontal em pacientes com endocardite infecciosa foi considerada elevada na amostra examinada - 76 por cento (Grupo 1) e 24 por cento (Grupo 2), que a deficiência de higiene bucal se constituiu num fator relevante na etiologia da endocardite, uma vez que a maioria dos pacientes acometidos por esta doença tinham higiene bucal ruim. Verificou-se também que, na faixa etária entre 31-40 anos, foi encontrada o maior número de pacientes com endocardite, e que a doença cardíaca preexistente se torna um fator predisponente de alto risco quando associado à doença periodontal.