A mucosite oral é uma das complicações que pode acometer o paciente submetido ao transplante de medula óssea (TMO). As lesões apresentam-se como um eritema, descamação ou ulceração da mucosa bucal causando mal-estar e dificultando o período imediato de recuperação dos pacientes transplantados. Não existem mecanismos efetivos para preveni-la ou tratá-la e a história natural do desenvolvimento das lesões ainda precisa ser melhor detalhada. Vários fatores de risco têm sido relacionados à ocorrência de mucosite oral e o principal deles parece estar ligado ao tipo de protocolo de preparo quimio/radioterápico que antecede o TMO. O presente estudo avaliou retrospectivamente a ocorrência da mucosite oral através da observação de 583 prontuários clínicos do Serviço de Transplante de Medula Óssea da Universidade Federal do Paraná, abrangendo um período total de 10 anos (1991-2001). Os pacientes selecionados haviam sido tratados de doenças hematológicas neoplásicas (Leucemia Linfóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Mielóide Aguda) e doenças de falência medualr (Anemia Aplástica Severa e anemia de Fanconi). Os prontuários foram revisados no período de pós-transplante imediato quando se fez o registro do grau máximo de mucosite oral desenvolvido entre todos os pacientes. Todos os prontuários dos pacientes com sobrevida superior a 100 dias após o transplante foram avaliados para a duração da mucosite oral...