Intervenções obstétricas no centro de parto normal no hospital geral de Itapecerica da Serra SECONSI-OSS: estudo descritivo

Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem to obtain the academic title of Mestre. Leader:

O modelo de assistência ao nascimento praticado no Brasil tem se caracterizado pela instuticionalização e uso rotineiro de intervenções obstétricas. Este estudo buscou caracterizar a assistência ao parto, prestada por enfermeiras obstétricas, no Centro de Parto Normal do Hospital Geral de Itapecerica da Serra-Seconci/OSS (CPN-HGIS), que adota as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Os objetivos foram descrever as características sócio-demográficas, as condições clínico-obstétricas na internação, parto e nascimento; identificar a prevalência das intervenções obstétricas e associá-las com as condições da internação, parto e nascimento. É um estudo transversal, com amostra probabilística de 830 prontuários de mulheres com parto normal, gestação única e apresentação cefálica, atendidas entre janeiro e dezembro de 2001. Após a análise descritiva, utilizou-se os testes Qui-quadrado, Exato de Fischer e Mann-Whitney para estudar a associação entre as variáveis; o nível de significância adotado foi 0,05.

Os resultados mostraram:

rotura artificial de membrana em 74,7 porcento das parturientes, associada com presença de mecônio; uso de ocitocina em 44,5 porcento delas, associada com nuliparidade, dilatação cervical=4cm, ausência de dinâmica uterina e membrana rota, na internação; monitorização eletrônica fetal, episiotomia, posição litotômica e líquido amniótico meconial, após a internação; monitorização eletrônica fetal em 12,3 porcento dos casos, associada com ausência de dinâmica uterina e líquido amniótico meconial, na internação; episiotomia em 26,5 porcento dos partos, associada com nuliparidade, posição litotômica, parto na sala de parto e líquido amniótico meconial, após a internação, sem associação com o peso do recém-nascido.

As demais práticas foram:

posição lateral (52,0 porcento), parto no quarto (67,3 porcento), presença de acompanhante (78,9 porcento), contato precoce mãe-recém-nascido (96,9 porcento).

A freqüência média da realização de controles foi:

exame vaginal=0,85/hora; dinâmica uterina=0,33/hora; batimentos cardiofetais=1,08/hora. A integridade perineal ocorreu em 25,5 porcento e o Apgar =7 no 5º minuto em 99,6 porcento; a idade gestacional foi=38 semanas em 87,8 porcento dos casos e o peso médio dos recém-nascidos de 3125 gramas. As intervenções obstétricas no CPN-HGIS apresentam proporções superiores a outros serviços, porém estão associadas a condições maternas e fetais, justificando sua adoção não rotineira. Os resultados...

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