Diálogo vivido entre enfermeira e mães de crianças com câncer
Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências da saúde to obtain the academic title of Mestre. Leader:
O aumento progressivo do número de casos de crianças com câncer no cenário brasileiro tem despertado muitos profissionais da saúde para a realização de pesquisas que contribuam para uma assistência de qualidade para essa clientela e seus familiares. Nas unidades de saúde direcionadas ao tratamento do câncer infantil, observa-se claramente que a mãe é o familiar que acompanha a criança com maior freqüência, tanto para o tratamento ambulatorial como hospitalar. Dessa forma, se torna também uma cliente que necessita dos cuidados de enfermagem. Este estudo consiste em uma pesquisa de campo de natureza qualitativa, direcionada ao cuidar em enfermagem cujo objetivo foi compreender o diálogo vivido entre enfermeiras e mães de crianças com câncer à luz da Teoria de Enfermagem Humanística de Paterson e Zderad. As participantes do estudo foram seis mães que acompanhavam suas crianças com câncer na Unidade de Pediatria do Hospital Napoleão Laureano referência no atendimento de clientes com câncer na cidade de João Pessoa - Paraíba, no período de outubro a dezembro de 2002. O diálogo vivido foi desenvolvido com base nas fases da Enfermagem Fenomenológica. A primeira fase, Preparação da enfermeira para vir a conhecer, consistiu na busca do autoconhecimento como pré-requisito para o vir a conhecer as mães de crianças com câncer. A segunda fase, A enfermeira conhece o outro intuitivamente, representou os encontros com as mães na unidade de pediatria, momentos em que surgiram os chamados e as respostas da relação Eu-Tu. Nesta fase, os dados emergiram dos encontros entre enfermeira e mães a partir da técnica de entrevista e foram registrados no diário de campo. As demais fases serviram de base para a análise dos dados, que se constituiu nos momentos da relação Eu-Isso: A enfermeira conhece o outro cientificamente; A enfermeira sintetiza de forma complementar as realidades conhecidas e Sucessão interna da enfermeira do múltiplo para a unidade paradoxal.