Dengue clássico e dengue hemorrágico como problemas atuais de saúde coletiva no Mato Grosso do Sul, Brasil

Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde to obtain the academic title of Mestre. Leader: Cunha, Rivaldo Venâncio da

(...) Com o objetivo de identificar fatores individuais atuando como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento do Dengue Hemorrágico (DH) e a Síndrome do Choque do Dengue (SCD), foi desenvolvido um estudo, do qual participaram 70 pacientes com DH atendidos em três hospitais públicos de Campo Grande/MS, no período de 1º de janeiro de 2002 a 30 de março de 2002. A idade dos pacientes variou entre oito e 89 anos, sendo 60 por cento (42) do sexo feminino. Os principais sintomas apresentados foram cefaléia (91,4 por cento), dor retro-orbitária - DRO (87,1 por cento), mialgia (94,3 por cento), artralgia (87,1 por cento), prostração (94,3 por cento), náuseas e vômitos (84,8 por cento) e as principais manifestações hemorrágicas: prova do laço positiva (84,8 por cento), petéquias (67,1 por cento), epistaxe (18,6 por cento), gengivorragia (22,9 por cento), hematêmese e ou melena (10 por cento), metrorragia (21,4 por cento). Com base na classificação da OMS, 10/70 casos apresentaram-se no grau I, 43/70 casos foram incluídos no grau II, 16/70 casos foram classificados como grau III. Houve apenas um caso de paciente do sexo masculino, 63 anos de idade, que evoluiu para o choque hipovolêmico (grau IV). A presença de fatores individuais foi observada em 82,9 por cento dos casos, sendo a presença de doenças crônicas em 62,9 por cento, o uso de algum antiinflamatório não hormonal (AINH) de 20 por cento. Dentre as doenças crônicas estudadas, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a alergia foram as mais prevalentes, com taxas de 42,9 por cento e 35,7 por cento respectivamente. Entendemos que a despeito de não terem ocorrido óbitos, demonstramos a magnitude da doença em Campo Grande, MS, contabilizando um prejuízo social expressivo e desnecessário e reforçamos a necessidade de urgência na assistência médica nesses casos, sobretudo quando presentes fatores individuais que possivelmente possam contribuir para o desenvolvimento do DH/SCD

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