Criatividade, auto-estima e rendimento acadêmico: um estudo com universitários de psicologia

Publication year: 2002
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:

O objetivo deste trabalho foi verificar a existência de relação entre a Criatividade, a Auto-estima e o Rendimento Acadêmico. A amostra foi proveniente de uma Instituição particular de Ensino Superior, totalizando 225 sujeitos, do 2° ao 5° ano de Psicologia. Foram estudadas as seguintes características criativas da personalidade através do Teste Torrance, E.P. "Pensando Criativamente com Figuras" Forma A (1966): Fluência, Flexibilidade, Originalidade, Elaboração, Emoção. A Auto-estima foi avaliada, através da Escala Janis-Field de inadequação de sentimentos (The Janis-Field Feeling of Inadequacy Scale, 1959), revisada por Eagly (1967) e adaptada por Crano, Crano e Biaggio (1983) para o português. Para a avaliação do Rendimento Acadêmico, consideraram-se as médias semestrais nas disciplinas do ano em curso. Os resultados das análises estatísticas apontaram como significantes as diferenças de média do segundo ao quinto ano, nas cinco características e também em relação à auto-estima e rendimento acadêmico. Os alunos do quarto ano tenderam a apresentar resultados superiores aos demais nas cinco características mencionadas. Quanto ao rendimento acadêmico, observaram-se médias (notas) muito próximas e elevadas para todas as séries. Foram encontradas correlações significantes entre as cinco características criativas e o índice criativo global. Também foram observadas correlações significantes entre todas as características criativas, exceto a Emoção. Ao se comparar os grupos extremos, ou seja, com os maiores e menores escores no que se refere ao índice Criativo, Auto-estima e Rendimento Acadêmico, não foram verificadas diferenças significantes e também não foi verificada relação entre estas variáveis através da Correlação de Pearson. Em relação ao rendimento acadêmico, observou-se um resultado homogêneo, ou seja, as diferenças são pequenas e as notas são altas para as quatro séries em comparação à média de aprovação que é sete. Assim sendo, embora houvesse uma suposição de que a uma maior criatividade pudesse estar relacionada a um maior nível de auto-estima e houvesse um estímulo ao rendimento acadêmico, essa hipótese não foi confirmada, pelo menos através dos instrumentos empregados na presente pesquisa

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