Trata-se de um estudo de caso, realizado no centro cirúrgico do Hospital Universitário Antonio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, cujo objeto foi o ruído no ambiente de trabalho como agente causador de desconforto acústico aos profissionais de Enfermagem. A problemática de investigação era se o ruído, no ambiente de trabalho, causava desconforto acústico, a ponto de gerar, nos profissionais de Enfermagem, interferência e prejuízo no desempenho de suas atividades técnico-científicas.

Os objetivos elaborados foram:

identificar os ruídos do ambiente de trabalho dos profissionais de Enfermagem; discutir a atitude destes profissionais em relação ao ruído detectado; descrever a percepção dos mesmos acerca do ruído no ambiente de trabalho. As bases teóricas do estudo constituíram-se de conceitos de vários autores que abordam o tema proposto e nas normas preconizadas pelas autoridades brasileiras relativas aos ruídos em ambientes de trabalho. Pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, através de análise descritiva das médias e percentuais dos dados encontrados, numa amostragem aleatória de 44 profissionais, obtida através das seguintes técnicas de coleta de dados: observação simples (diário de campo); formulário-roteiro, para entrevistas semi-estruturadas, gravadas em fitas magnéticas, e um medidor de sons para aferição dos ruídos. Os resultados demonstraram que os mesmos ultrapassam os limites previstos pelas autoridades, provocam desconforto acústico e promovem agravos à saúde do trabalhador, exigindo deste uma atitude mental de eleição sonora. Tais profissionais disseram conhecer as origens dos ruídos, tentam minimizá-los, porém relataram não sentirem que eles interferem no ou prejudicam o desempenho de suas atividades profissionais.