Estimativa da prevalência de anticorpos antidiftéricos na população do Município de São Paulo, em amostragem populacional estratificada, randomizada por sorteio aleatório e coleta domiciliar
Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the São Paulo (Estado). Secretaria da Saúde. Coordenação dos Institutos de Pesquisa. Programa de Pós-Graduação em Ciências to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Estimar a prevalência da soro positividade para difteria em estudo de base populacional representativa do município de São Paulo identificando e procurando diferenças na prevalência estimada de anticorpos séricos para difteria entre os estratos populacionais estudados. O desenho do estudo utilizou um método indutivo de inferências estatísticas preditivas a partir de amostragem casualizada por sorteio aleatório, estratificado segundo sexo, idade e região de moradia. Foram avaliados 1059 indivíduos (com coleta domiciliar e aplicação de questionário). O estudo foi planejado de modo a controlar o erro amostral da prevalência através de um intervalo com 95% de confiança. Realizou-se teste imunoenzimático para detectar imunidade antidifteria. Após a epidemia de difteria ocorrida na Comunidade dos Estados Independentes, na antiga União Soviética, vários países buscaram estimar a soroprevalência da população à esta doença reemergente. Com este propósito, dos 977 resultados válidos obtidos neste trabalho estimou-se na população do município de São Paulo uma soroprevalência de 95,9%. A faixa etária que compreende dos 18 aos 49 anos apresentou proporção menor de imunizados, com 94,1%, quando comparados na categoria de até 17 anos (97,6%)e na categoria de 50 anos ou mais com 98, 7%. Dados coincidentes foram obtidos por outros autores. O grupo de entrevistados vindos de estados da região Sudeste, apresentou 94,5% de casos imunes, proporção menor do que nas demais regiões. Nordeste, Sul e Norte/Centro Oeste que apresentaram 100% dos casos imunes. Não houve diferença significativa da prevalência estimada quanto ao sexo. Não foi encontrada associação estatística entre Zona de Residência e imunidade para a difteria. Ao contrário do passado, houve uma mudança do grau de escolaridade e a susceptibilidade à difteria. Dos grupos entrevistados, 98,2% dos analfabetos e primário incompleto apresentavam níveis séricos protetores. O grupo com 1° grau apresentou proporção de casos imunes significativamente maior do que a categoria 2° grau, 97,4% e 90,3%, respectivamente. O grupo com nível superior apresentou imunidade de 93,6%, sendo intermediária, não se diferenciando das demais categorias. Quando se estudou a soroprevalência à difteria aos dados sociais como ocupação, renda familiar e estado civil não houve associação estatística entre eles, pois qualquer camada social possui acesso à vacinação, por ser gratuita...